Manaus pode ter ‘greve todo dia toda hora’, diz Sindicato dos Rodoviários

Em meio à paralisação dessa quarta feira (28), motoristas expõem faixas para reivindicar aumento salarial. foto: Felix Nogueira

A direção do Sindicato dos Rodoviários conseguiu uma trégua de um dia nas paralisações dos transportes coletivos em Manaus, prometendo chamar uma Assembléia Geral da categoria para essa quinta feira (01), para deliberar sobre a inevitável greve legalizada.


A assembléia geral acontecerá às 9h, na sede do Sindicato, rua Domingos Lima 119, Nsª das Graças, prometendo uma participação maciça. Esse foi o acordo feito para encerrar a greve de protesto iniciada hoje (28), depois que a desembargadora Solange Maria Santiago Morais pediu vistas no julgamento do Dissídio Coletivo que está parado no Tribunal Regional do Trabalho, 11ª Região, desde maio de 2017.

Em meio à paralisação dessa quarta feira (28), motoristas expõem faixas para reivindicar aumento salarial. foto: Felix Nogueira

Mesmo com o acordo de trégua, podem acontecer várias paralisações pontuais por toda a cidade. “Não temos como evitar as greves em pontos distintos da cidade. Os trabalhadores estão revoltados”, lamenta o presidente dos Rodoviários, Givancir de Oliveira.

Com isso, podem acontecer ‘greves todo dia, toda hora’. O sindicato perdeu o controle sobre os trabalhadores revoltados, que estão a dois anos sem aumento de salário.

Constantino Nery parada com a greve dos ônibus – foto: Correio da Amazônia

Givancir disse que suspendeu a greve de hoje (28) porque prometeu que vai chamar a categoria para deliberar pela greve legalizada. Na semana que vem, portanto, pode acontecer a Greve Geral, se o Tribunal do Trabalho não voltar a pautar o julgamento do Dissídio Coletivo dos trabalhadores.

Givancir achou normal o pedido de vistas. “Isso faz parte do regimento interno do Tribunal, mas não é justo a desembargadora decidir retardar o reajuste salarial dos trabalhadores, mesmo depois de dois anos sem aumento de salário e com o Sinetram aumentando a tarifa dos ônibus duas vezes no período”, assinala o presidente dos Rodoviários.

 

Rodoviários já reivindicam o dissídio/2018, sem o de 2017 estar resolvido – foto: Felix Nogueira

Para Givancir, a demora na decisão do aumento dos salários dos rodoviários pode ser um “teatro montado” para justificar o aumento da tarifa. Assim como aconteceu antes das eleições municipais de 2016, quando foi negado aumento e, logo após a posse dos eleitos, a tarifa pulou de R$ 3,00 para R$ 3,30 e logo em seguida para R$ 3,80. “Faz tempo que os empresários querem a tarifa de R$ 4,30, mas não é por isso que deve ficar sob as assas do TRT, prejudicando os trabalhadores”, concluiu.

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