Manaus tem, diariamente, 30 denúncias de violência contra mulher, afirma DECCM

Audiência Pública, na CMM, sobre violência contra mulher/Foto: Robervaldo Rocha
Audiência Pública, na CMM, sobre violência contra mulher/Foto: Robervaldo Rocha
Audiência Pública, na CMM, sobre violência contra mulher/Foto: Robervaldo Rocha

As ações no enfrentamento da violência doméstica desenvolvidas pelo município e pelo Estado têm incentivado mulheres a denunciaram as agressões sofridas por elas, confirmação obtida na tarde de ontem, segunda-feira (24), durante Audiência Pública, realizada pela Comissão de Defesa e Proteção dos Direitos da Mulher da Câmara Municipal de Manaus (CMM).

Segundo dados da titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), Ketlen Gama, a DECCM registra de 25 a 30 casos de violência contra a mulher por dia. “A disponibilidade de atendimento, o acesso à informação e a credibilidade do trabalho desenvolvido tem aumentado o número de denúncias de violência contra a mulher”, afirmou. Ainda conforme a delegada, de janeiro a outubro desde ano, foram registrados mais de sete mil Boletins de Ocorrência (B.O) na Delegacia Especializada. E os programas como Ronda Maria da Penha; a criação da Delegacia Anexo, na Zona Norte de Manaus;  bem como o aumento dos Distritos Integrados de Polícia (DIPs) contribuem para o avanço do enfrentamento a violência doméstica.


Para a presidente da Comissão, vereadora professora Jacqueline (PPS), grandes avanços foram conquistados em defesa e proteção dos direitos das mulheres. “Muito já foi feito, é ainda será feito. Pois a causa é nobre. E sabemos que todos nós aqui estamos dispostos a continuar lutando”, pontuou.

Recursos

Ainda na audiência, a responsável pelo Serviço de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual, que funciona na Maternidade Moura Tapajós, Dra. Zélia Campos, relatou as dificuldades enfrentados pelos profissionais do serviço para executar o trabalho desenvolvido na maternidade.

“Hoje o espaço reservado para os atendimentos é pequeno, já está ultrapassado. Nós temos apenas uma sala que fazemos tudo. E acaba prejudicando a humanização do atendimento. Precisamos ampliar o espaço físico. Temos o melhor serviço oferecido no município e no Estado, que tem que ser ampliado. Precisamos, também, de recursos tecnológicos. Temos crianças com doenças sexualmente transmissíveis (DST) graves, que sem os recursos tecnológicos, voltam pra casa igual. Crianças de 2 e 4 anos com doenças que poderiam ser tratadas de forma melhor”, desabafou emocionada Zélia Campos.

Após seu pronunciamento, Zélia campos recebeu apoio dos vereadores professora Jacqueline e Waldemir José (PT).

Participaram, também, da audiência, a presidente da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), que promove o congresso, desembargadora aposentada do TJAM, a amazonense Liana Belém;  a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/AM, Maria Gláucia Barbosa  e a vereadora Therezinha Ruiz (DEM).

Artigo anteriorCrocodilo não consegue romper casco de tartaruga e desiste do prato especial
Próximo artigoPapa Francisco fala de fome e nutrição na OMS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui