Os meses de agosto e setembro são os mais quentes do verão amazônico, onde as temperaturas se elevam e ano após ano batem novos recordes.
Justamente ontem (21) quando comemoramos o Dia da Árvore, por mais paradoxal que pareça, em Manaus, capital do estado com a maior cobertura vegetal da Floresta Amazônica um recorde negativo foi escrito na história, quando os termômetros registraram 38,9°C, segundo dados oficiais do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).
É fato que há uma deficiência gigantesca de arborização em Manaus e por conta da umidade relativa normalmente bastante alta , então acontece uma combinação explosiva para a população temperatura e umidade alta trazem a sensação de que estamos dentro de um forno.
A Amazônia sofre há anos com o desmatamento e em paralelo também recebe os reflexos do fenômeno El Niño que aquece as águas dos oceanos contribuindo para a mudanças do sentido da circulação do ventos, por conta desses fatores, a temperaturas tendem a se elevar e nessas regiões, a chuvas tendem a rarear mantendo os céus com pouca nebulosidade.
Com temperaturas tão altas, mesmo para os amazônidas acostumados com isso, o que mais tem incomodado é a sensação térmica, pois com temperaturas ao redor de 39°C a sensação no corpo humana beira aos 45°C.
A ausência de árvores e as construções em alvenaria aliado com as vias públicas com calçamento asfáltico são os maiores vetores para a criação de ilhas de calor em algumas áreas da cidade. Em contrapartida, existem algumas áreas que não sofrem tanto, são aqueles pequenos fragmentos florestais que ainda resistem na cidade, como a área da UFAM, o Bosque do INPA, o MUSA.
Vamos fazer nossa parte para termos um clima melhor, plante árvores, preserve nossas nascentes e protejam nossos rios. Esse é o caminho para que novos recordes de temperaturas não sejam atingidos.(George Dantas – Ambientalista)