Mastologista reforça a importância do exame para detecção do câncer de mama

Segundo tipo de câncer com maior incidência na população feminina de todo o mundo, o de mama possui mais de 95% de chances de cura se diagnosticado precocemente. No Dia Nacional da Mamografia, neste domingo (05), o médico mastologista da Unimed Manaus, Luciano Brandão, reforça a importância da realização do exame, que é a principal forma de rastreio diagnóstico da doença em mulheres.


O Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê que em 2016 e 2017 serão registrados 57.960 novos casos de câncer de mama no Brasil. Na região Norte, esse tipo de câncer é o segundo mais frequente, perdendo apenas para o colo de útero.

De acordo com Luciano Brandão, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que as mulheres com idade a partir de 40 anos submetam-se à mamografia anualmente. Abaixo dessa faixa etária o exame também pode ser realizado como rastreio em pacientes de alto risco, como histórico da doença na família e em casos de auxilio diagnóstico. Sempre sob orientação do especialista.

O auto-exame continua sendo muito importante para mulheres na detecção precoce do câncer de mama. No caso dos homens quando há histórico na família ou mutações genéticas diagnosticadas é necessário avaliação regular com exames de imagens e físico feitos por um especialista. Os homens também devem ficar atentos a qualquer alteração de forma ou volume da mama.

Ele explica que o exame de mamografia oferece maior precisão no diagnóstico, porque com ele é possível identificar lesões ainda não palpáveis, na escala de milímetros. Brandão diz que a tecnologia utilizada evoluiu muito, durante o século 20. “A mamografia é um exame seguro que possibilita o diagnóstico de tumores benignos e malignos e é também utilizado como método de orientação para acessar lesões não palpáveis, durante a cirurgia. Tanto a mamografia quanto o auto-exame além de ajudar na detecção precoce do câncer também evitam um grande número de cirurgias mutiladoras”, ressaltou.

Luciano Brandão destaca que, apesar de ter a sua eficácia comprovada, muitas mulheres deixam de fazer a mamografia, por medo do diagnóstico e receio de sentir dor no momento do exame. “Quando realizado de forma correta, o exame é absolutamente tolerável pela mulher, sem incômodo doloroso e sequelas pós-exame”, afirma o mastologista. O médico orienta que a mamografia seja feita preferencialmente 7 a 10 dias após a menstruação, pois no período que antecede os seios estão mais sensíveis a dor.

Luciano Brandão acredita que, associado ao avanço dos métodos de tratamento do câncer de mama – quimioterapia, radioterapia e procedimentos cirúrgicos -, a expectativa é que haja uma redução considerável em todo o mundo no número de mortes por essa doença. Ele também considera que o avanço de tecnologias complementares de imagem, como a ecografia e a ressonância magnética, são promissoras, no sentido de que, futuramente, possam ganhar importância maior na detecção precoce do câncer de mama feminino.

Dificuldades – Luciano Brandão diz que a relação entre o número de aparelhos e de recursos humanos para operá-los precisa ser otimizado, necessitando de um olhar mais sensível por parte do poder público. Nos estados em que a logística é difícil, como é o caso da região Norte, uma solução viável, na sua opinião, é a telemedicina, que proporciona a realização dos exames na cidade de origem do paciente e envio das informações para diagnóstico na central de laudos, tudo isso em tempo real.

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