Meninas de 12 a 17 anos são 60% dos desaparecidos em Manaus

Foto: Ilustração

MANAUS – Um dos maiores dramas familiares é o desaparecimento de um ente querido. No dia 25 de maio é comemorado o Dia Internacional de Criança Desaparecidas, que tem o objetivo de alertar a sociedade sobre os cuidados, os riscos e o que fazer nesses casos.


Conforme os dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), de janeiro a dezembro do ano passado, as delegacias de Manaus receberam 81 notificações de desaparecimento de crianças e adolescentes. Neste ano, até abril, já foram registrados 25 casos. A maioria é meninas da faixa etária de 12 a 17 anos, com o equivalente a 60% do total.

Os casos de desaparecimento se enquadram nas chamadas fugas do lar e, muitas vezes, são consequência de conflitos familiares, relacionamentos proibidos ou até envolvimento com atos ilícitos. A titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), delegada Joyce Coelho, explica que é realizado um trabalho de investigação para elucidar o desaparecimento.

“A gente recebe o caso e passa a fazer diligências a fim de localizar a criança. Nós temos o setor que faz a escuta com a família, para que a gente possa verificar todas as circunstâncias que levaram essa criança ou adolescente a desaparecer. A equipe investiga o que levou esse menor a sair de casa, às vezes, ele é estimulado e levado por violências naquele ambiente familiar”, disse a delegada.

Ela também destaca que a família deve procurar imediatamente uma delegacia para registrar o desaparecimento. “Precisamos desmistificar aquilo de que se deve esperar 24 horas. Se, por exemplo, a criança e o adolescente deveriam ficar em casa em tal horário e não estão, no mesmo instante, procure registrar essa ocorrência. Quanto menos tempo se perde nesse tipo de caso, é mais fácil para a gente elucidar”, ressaltou.

Foto: Divulgação

Caso Erlon – O pequeno Erlon Gabriel Dias Costa, de 2 anos, desapareceu na manhã do dia 6 de fevereiro de 2020, enquanto brincava no pátio de casa, no bairro Tarumã-Açu, zona oeste de Manaus.

“Existe na nossa linha de investigação que essa criança pode ter caído no rio, mas em caso de desaparecimento, enquanto não houver um corpo, a gente não pode afirmar o que de fato aconteceu. São situações realmente muito tristes e que existem tanto aqui no Amazonas como no mundo afora”, disse.

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