“Metalúrgicos organizados fazem a lei”, frase dita no encerramento do Congresso da CNM/CUT

Conjuntura Política é tema da primeira mesa oficial do 11º Congresso da CNM/CUT - foto: George Cúrcio

O Congresso reuniu 60 delegadas, 148 delegados, 41 observadores e observadoras de todo o Brasil e 41 participantes estrangeiros, inclusive do Oriente Médio


“Reconstruir o Brasil de forma sustentável e humanizada com trabalho decente, soberania, renda e direitos”  foi o tema principal do 11º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores da CUT (CNM/CUT), que encerrou nesta quinta-feira (11), com a aprovação de resoluções e do plano de lutas da entidade para o período 2023/2027.

A atividade teve cerca de 300 participantes e aconteceu no Hotel Mônaco, em São Paulo, desde terça-feira (9). No total, o 11º Congresso reuniu 60 delegadas, 148 delegados, 41 observadores e observadoras de todo o Brasil e 41 participantes estrangeiros.

A luta faz a Lei

“Tem aquela frase que foi dita por diversas vezes aqui neste congresso que diz ‘a luta faz a lei’, e eu digo mais: os metalúrgicos organizados também fazem a lei.

Somos capazes de produzir documentos e resoluções para desenvolver o setor. A discussão da industrialização passa pelas nossas estratégias. Um exemplo é o Programa Indústria 10+”, declarou”, disse o novo presidente da CNM/CUT, Loricardo Oliveira, acompanhado da direção eleita.

As dezenas de resoluções e o plano de lutas aprovados foram debatidas nos quatro grupos de trabalhos que se reuniram na tarde de ontem (10) e nas conferências temáticas que começaram no dia 2.

Loricardo falou dos temas tratados nas conferência, como saúde do trabalhador, juventude, combate ao racismo, comunicação, igualdade salarial para as mulheres, organização sindical, entre outros. “O Congresso é o momento de compreender a necessidade de estarmos interligados e debater o futuro dessa indústria que, como falaram aqui, derrete.”

Desafios

De acordo com o presidente eleito, as práticas antissindicais que estão acontecendo no país estão custando muito caro para os sindicatos.

“Temos dirigentes que não conseguem circular dentro das fábricas, que são isolados e até demitidos. Portanto, esse é um desafio muito grande que temos que enfrentar”, projetou.

O dirigente ressaltou a necessidade de entidades sindicais fortes e combativas. “Sindicato que não luta também tira direitos. E a CNM/CUT só será forte se os nossos sindicatos forem fortes. Muita luta, esperança e vitória para os metalúrgicos e metalúrgicas do Brasil”, encerrou Loricardo.

Participantes internacionais

Ao longo do Congresso, representantes de entidades representativas dos trabalhadores de inúmeros países se manifestaram, saudando o evento e destacando a necessidade da internacionalização da luta dos trabalhadores e do papel da CNM/CUT na defesa de direitos e da democracia.

O 12º Congresso da CNM/CUT vai acontecer daqui a quatro anos, em 2027.

CNM/CUT

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