Meu assessor não estava trabalhando e usou seu direito de manifestação, diz Erika Kokay

Presidente da CPI, deputada Érica Kokay.
Presidente da CPI, deputada Érica Kokay.
Presidente da CPI, deputada Érica Kokay.

A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) disse, na última sexta-feira (11), que a atitude do servidor de seu gabiente Rodrigo Grassi Cademartori, que divulgou um vídeo em que hostiliza o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, é parte do jogo e do exercício da democracia e da liberdade de manifestação no País. O fato aconteceu no início deste mês na saída de um bar na região central de Brasília.


— Ele [Grassi] não estava em horário de trabalho. Não vou entrar no mérito se ele agiu corretamente. O que posso dizer é que não estava em horário de trabalho e nem estava representando o gabinete. Ele só representa quando está a serviço. E ele cumpre sua jornada de trabalho absolutamente dentro daquilo para o que é contratado.

Nas imagens, Grassi — que se identifica como “Rodrigo Pilha no Facebook” — aparece acompanhado de duas mulheres ofendendo o ministro, que foi chamado de “autoritário”, “projeto de ditador” e “fascista”. Além disso, foi classificado de “tucano”. O ministro deixava o local acompanhado de diversos seguranças e não esboçou qualquer reação.

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Para atuar como secretário parlamentar do gabinete da deputada Erika Kokay ele recebe salário de R$ 4.800 desde maio do ano passado.

Em resposta à atitude contra Barbosa, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes, protocolou na última sexta uma denúncia contra o servidor na Câmara dos Deputados.

Para a deputada petista, o tucano busca, com a medida, inferir um caráter eleitoral ao ocorrido.

— Aloysio Nunes está sendo mais realista que o rei. Sua atitude foi uma tentativa de “ideologização” e eleitoralização dos fatos. Os fatos precisam ser encarados pela dimensão que possuem. Não vou admitir que tenha a insinuação de que há qualquer tipo de treinamento para os servidores realizarem manifestações ou algum tipo de agitação. Não utilizo subterfúgios para minha atuação política.

Para o senador, Cademartori pratica uma série de crimes, entre eles calúnia, difamação, injúria. Além disse, seu comportamento estaria ferindo o código do servidor ao não “manter conduta compatível com a moralidade administrativa”, ferir  “a dignidade, o decoro e o zelo” para com a sociedade dentro ou fora do recinto profissional.

Aloysio argumenta que, em diversos casos, não há como punir servidores por seus atos em vida privada por não guardarem relação de causa e efeito com o serviço. Entretanto, esta situação é diferente. “Ora, no caso presente, trata-se de um assessor público, responsável pela figura de consultoria e assessoria a parlamentar a membro do partido atingido pelos escândalos que culminaram com a condenação e que levaram à incitação das palavras de ordem pelo ora denunciado”, diz a denúncia.

Erika Kokay aifrmou que não pretende tomar nenhum tipo de atitude contra o servidor de seu gabiente.

— Não cabe ao mandato ficar fiscalizando, patrulhando ou cerceando a vida das pessoas que trabalham no gabinete.

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