Mitos e verdades sobre o ‘parto normal’ em cinco etapas

A prática é muito mais saudável para os bebês, permitindo o fortalecimento do sistema imunológico e, com isso, menor risco de desenvolvimento de diversas doenças como alergias e problemas respiratórios - foto: Maternar - Uol

A maioria das mulheres brasileiras têm optado pelo parto cesárea, mas, muitas delas, não sabem a importância do parto normal para o bebê. O médico Fabio Lima, obstetra do Grupo São Francisco (GSF) afirma que “bebês nascidos de cesarianas apresentam risco maior de dificuldades respiratórias e são internados em UTI neonatal com mais frequência”. Isso acontece principalmente porque, em toda intervenção cirúrgica, existe o risco de mortalidade proveniente do próprio ato cirúrgico.


Abaixo, o médico tira as principais dúvidas sobre o assunto – aproveitando que estamos na época do Dia das Mães para reforçar a importância do parto normal para a qualidade de vida da mãe e do bebê.

A prática é muito mais saudável para os bebês, permitindo o fortalecimento do sistema imunológico e, com isso, menor risco de desenvolvimento de diversas doenças como alergias e problemas respiratórios – foto: Maternar – Uol

1. O melhor momento para optar pelo parto normal é no mês anterior ao nascimento do bebê.

Mito. O médico explica que não existe o momento exato. “O pré-natal ajuda a mulher a entender o que está acontecendo com seu corpo, tirar dúvidas a respeito do tipo de parto (normal e cesárea) e métodos de alívio de dor”, afirma Dr. Lima, que reforça “sendo a evolução do pré-natal favorável, pode-se aguardar até 41 semanas de gestação para o parto normal”.

2. A diferença entre parto normal e cesárea é a existência de ato cirúrgico.

Verdade. O especialista aponta que, no parto normal, existe a evolução fisiológica do corpo da mulher para o nascimento, quando o bebê vai sendo preparado para nascer. Além disso, a passagem pelo canal vaginal e contato com as bactérias boas do organismo da mãe também é importante. O parto normal proporciona melhores índices de amamentação, menores taxas de complicações do bebê e alta hospitalar precoce. Já na cesariana, ocorre um procedimento cirúrgico de médio porte, e nem sempre a data da cirurgia é a que o bebê está pronto para nascer, o que pode gerar mais complicações neonatais.

3. Parto normal dói muito.

Parcialmente verdade. “Dói, mas existem inúmeras maneiras de aliviar a dor, seja de forma não-farmacológica, como a técnica da respiração profunda e massagem relaxante, e a farmacológica, com analgésicos e anestesia, que proporcionam mais conforto à paciente e auxiliam na evolução do trabalho de parto”, argumenta.

Os prós e os contras da cesariana e do parto normal – todas as mulheres precisam saber! – foto: Cura pela Natureza

4. A recuperação do parto normal é mais demorada.

Mito. Dr. Lima ressalta que, sem sombra de dúvidas, a recuperação do parto normal é mais rápida, porque a mulher não passou por uma cirurgia e o corpo feminino já é naturalmente preparado para o parto normal.

5. Os benefícios do parto normal para a saúde e qualidade de vida da mulher e do bebê, são grandes.

Verdade. O médico comenta que a cesárea possui o índice de óbito de recém-nascidos duas a três vezes maior do que se comparado ao parto normal em iguais condições. “Além disso, todos os outros índices de complicações, como sangramento, infecção, aspiração meconial, internação em UTI, etc., são maiores após a cesariana”.

‘Quando decidi que queria um parto normal e natural, confesso que nunca me amedrontei com os relatos da dor do parto, para mim isso era o de menos’ – foto: divulgação

Projeto Parto Adequado

O Grupo São Francisco apoia a causa do parto normal. É uma das empresas integrantes do Projeto Parto Adequado, uma iniciativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar para reduzir o número de cesarianas do Brasil. Cursos gratuitos para gestantes oferecidos dentro dos hospitais, treinamentos de médicos e enfermeiros e postagens nas redes sociais das instituições estão entre as ações que fazem parte da campanha.

O objetivo do projeto é promover a conscientização das equipes médica e assistencial, assim como de gestantes e familiares. No GSF, participam a São Francisco Saúde, uma das maiores operadoras brasileiras de Medicina de Grupo, além do Sinhá Junqueira – Hospital Materno Infantil (Ribeirão Preto) e do Hospital Netto Campello (Sertãozinho).
“É importante aproveitarmos datas como o Dia das Mães para incentivar este método tão benéfico. E projetos como o Parto Adequado também são fundamentais, pois têm uma atuação mais aprofundada, ao conscientizar toda a equipe que atende às gestantes”, finaliza o especialista.

Sobre o Grupo São Francisco

Com mais de 70 anos de história, o Grupo São Francisco é um dos maiores grupos de saúde do Brasil. Composto pela São Francisco Saúde, 4ª maior operadora de medicina de grupo do País; São Francisco Odonto, que está entre as duas melhores operadoras de planos odontológicos do País; São Francisco Resgate, líder nacional de resgate rodoviário e a São Francisco Saúde Ocupacional, o Grupo dispõe de três hospitais, atendimento multidisciplinar, planejado para oferecer mais conforto e bem-estar aos seus pacientes.
Para mais informações, acesse o site: http://www.saofrancisco.com.br

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