MPF quer a saída de Ricardo Lopes Dias de chefia de índios isolados

Foto: Reprodução

Para pedir a saída do missionário Ricardo Lopes Dias do cargo de chefe da Coordenação-Geral de Índios Isolados, o Ministério Público Federal (MPF) entrou com um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Outra solicitação é impedir o contato de Dias com da Fundação Nacional do Índio (Funai).


No documento, MPF sustenta que Ricardo Lopes “não preenche os requisitos legais para o exercício do cargo e possui carreira incompatível com a função de coordenador-geral de índios isolados da Funai”.

Depoimentos de índios que trabalharam com o pastor apontam para uma atuação de bastidores do religioso, não só pela Missão Novas Tribos do Brasil (MNTB), mas também na Primeira Igreja Batista de Guaianases (SP), com foco na formação de futuros ministros que dariam a continuidade ao trabalho por ele iniciado.

Ricardo Lopes Dias foi nomeado em fevereiro deste ano para a coordenação de proteção a índios isolados. Sua nomeação só foi possível porque o presidente do órgão, Marcelo Xavier, alterou o regimento interno da Funai permitindo que a coordenação pudesse ser ocupada por pessoas de fora da administração pública.

Em decisão monocrática, o presidente do Tribunal, ministro João Otávio de Noronha, liberou a nomeação de Ricardo revogando uma decisão dada em maio pelo desembargador Souza Prudente, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), que impedia o pastor de assumir o cargo.

O agravo interno, assinado pela subprocuradora-geral da República Maria Soares Camelo Cordioli , pede que a decisão seja revista ou que submeta o recurso à Corte Especial STJ.

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