Mulher – Flávio Lauria

Foto: Recorte

Escrevo este artigo dedicado aquelas que em um mundo prenhe de incompreensões, nos dão alegria de tomar um pouco de ar puro e sair da tristeza e do desalento, estou falando de uma figura que inspira ternura e leva aos seus, compreensão e apoio, a mulher. Poderia falar de várias mulheres que marcaram a história, na vida pública, na vida empresarial, notabilizadas pela decência, honradez, competência, liderança, mas cometeria o pecado de omitir algum nome, além de ficar enfadonho ao leitor, pela quantidade de nomes a serem escritos.


Mas existem mulheres que desde a meninice à fase já grisalha, marcaram sua vida, deixando exemplos. Afinal de contas, num país onde o sexo feminino domina em quantidade, mas o poder do elemento masculino é uma realidade inquestionável, as comemorações do Dia Internacional da Mulher, assumem a feição de sátira ou de bufonaria perversa, não obstante o reconhecimento da quebra de certos paradigmas e preconceitos a partir, sobretudo, do último século. Há na verdade, uma grande diferença entre a poesia e a realidade. Recordo, por exemplo, que a Idade Média nobilizou demasiado a mulher. Ao ideal masculino do cavaleiro correspondia o ideal feminino expresso nas cantigas de amor.

Muitas vezes ouve-se, no usual tom jocoso, a pergunta sobre por que não haveria o Dia Internacional do Homem. Acredito que os homens são companheiros de jornada da vida, estimados e respeitados, nos múltiplos papéis que desempenham. Homenagear as mulheres, é afirmar que todas são detentoras de uma enorme porção divina. E aqui quero homenagear as jovens, adolescentes, mães e principalmente as avós, pois no momento que a idade começa a pesar e o sentimento de ninho vazio se instala no coração, os filhos não são mais as crianças brincalhonas e risonhas que conviveram, mas adultos sérios e, às vezes, até frios e distantes, elas são renovadas com a chegada dos netos a trazer risos, brincadeiras, carinho. Voltam no tempo, frequentam festinhas infantis e escolares, ouvindo historinhas que parecem novidades. Acompanham o desenvolvimento daquele que é sangue do seu sangue, com muito amor e interesse, mas sem a angustia do tempo da mocidade, quando tinham a obrigação de acertar, e a responsabilidade de indicar os caminhos.

Pode ser dada a parcimônia de deixar que transponham algumas regrinhas que os pais impõem, e se tornam frequentemente cúmplices. As mulheres estão conquistando seu espaço, tendo mais autonomia sobre seu futuro. Neste artigo em que reverencio todas as mulheres, destaco não só as famosas, mas as operárias, as anônimas donas de casa, as servidoras públicas, secretárias, mães, esposas e filhas. Que este dia seja de reflexão para todos, colaborando na avaliação dos avanços e identificação das possibilidades e pautas que cooperem para a plena observância dos direitos das mulheres. Este artigo é dedicado a todas as mulheres que de uma maneira ou de outra fizeram parte da minha vida, como amigas, namoradas, ex-esposa, sobrinhas, ex-cunhadas, irmãs, e minha mãe que é a mais doce embora enferma, minhas primas , e a todas mulheres sem nominar, mas sintam-se homenageadas.

Flávio Lauria é Administrador de Empresas e Professor Universitário
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