
Após a recente enchente que afetou mais de 70 mil pessoas em Rio Branco (AC), o Rio Acre atingiu em maio a menor marca dos últimos cinco anos, com apenas 2,52 metros. Essa situação levanta alertas sobre uma possível seca que poderá se antecipar e se intensificar nos próximos meses, conforme apontam especialistas.
Para entender o processo de mudança climática que afeta o principal rio do Acre, é preciso compreender os seguintes fatores:
- Influência de sistemas climáticos, como o El Niño;
- baixo índice de chuvas na região;
- mudança no ciclo hidrológico, causado pela emissão de gases de efeito estufa.
No contexto atual, o principal afluente do estado está abaixo dos 4 metros desde o início do mês, preocupando as autoridades com a perspectiva de uma seca severa em 2024. A Defesa Civil Municipal registrou a marca de 2,52 metros, muito abaixo dos 17,89 metros da maior enchente em março deste ano.

Essa oscilação extrema reflete a irregularidade das chuvas na região, que contrasta com o volume significativo no início do ano, quando o Rio Acre transbordou. Os efeitos dessa situação já foram sentidos em setembro de 2023, com áreas em emergência devido à falta d’água, afetando 40% da produção rural e demandando ajuda financeira para mitigar os impactos.
Fenômenos climáticos como o El Niño e o aumento das emissões de gases de efeito estufa são apontados como catalisadores dessas mudanças extremas. Essa conjuntura exige ações estratégicas das autoridades, que já preparam planos de contingência para enfrentar uma possível estiagem prolongada e garantir o abastecimento de água na capital.
Nesse cenário desafiador, a comunidade deve estar atenta às medidas de conservação de água e ao monitoramento constante do nível do rio, visando mitigar os impactos e adaptar-se às projeções preocupantes para os próximos meses.
Fonte: g1