
Mais de mil salvadorenhos, entre adultos, jovens e crianças, começaram uma longa jornada a pé nesta quarta-feira (31) com a intenção de chegar aos Estados Unidos, fugindo da violência das gangues e da falta de emprego em seu país.
Uma segunda caravana, de pelo menos 400 pessoas, planejava deixar a fronteira de Hachadura entre El Salvador e Guatemala no decorrer do dia.
As novas caravanas se formam em um momento em que milhares de hondurenhos já atravessam o México na direção dos Estados Unidos e outros grupos de centro-americanos estão tentando entrar no território mexicano.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira que as caravanas de imigrantes estão compostas de “bandidos muito ruins”, entre eles “membros de organizações criminosas” e advertiu que “mais tropas militares estão a caminho” para defender a “fronteira sagrada”.

“As caravanas estão compostas de alguns combatentes e pessoas muito fortes. Eles lutaram com força e agressividade contra o México na fronteira norte antes de atravessar. Os soldados mexicanos ficaram feridos e foram incapazes, ou não tiveram vontade, de deter as caravanas”, advertiu Trump no Twitter.
Trump ressaltou que soldados das “forças armadas estão sendo mobilizados para a fronteira sul”.
“Muito mais tropas estão a caminho. Nós NÃO deixaremos essas caravanas entrar, que também estão formadas por bandidos muito maus e membros de organizações criminosas, nos EUA. A nossa fronteira é sagrada, e vocês devem entrar legalmente. DEEM MEIA-VOLTA!”, escreveu o presidente americano na rede social.
Sem dar detalhes sobre datas e duração da operação, o Pentágono anunciou nesta terça que enviará soldados adicionais, além dos 5.239 militares que anunciou que mandará à fronteira sul do país, como parte da ordem decretada por Trump.

A primeira caravana de aproximadamente 7 mil imigrantes centro-americanos, a maioria deles hondurenhos, que pretende chegar aos Estados Unidos, parou em Juchitán, no Istmo de Tehuantepec, no sul do México.
Pela manhã, milhares de imigrantes reiniciaram a marcha a pé partindo de Santiago Niltepec, mas cerca de 500 pessoas, principalmente mulheres e crianças, foram transferidas em dez ônibus de turismo que foram pagos por uma família local com empreendimentos no setor do comércio.
Na segunda-feira, uma outra caravana, formada por aproximadamente 2 mil pessoas, entrou no México pela fronteira com a Guatemala.
Fonte: G1