Novos políticos, novas lideranças (Por Garcia Neto)

Professor Garcia Neto
Professor Garcia Neto
Professor Garcia Neto

Alguém já me dizia: “Jamais perca a perspectiva de que a sociedade, da qual você faz parte e que é você, é maior do que o governo. E muitas vezes maior do que os governantes, chefes políticos e dirigentes e qualquer matiz”. Parece que, desde 2005, Novo Airão está fadado ao descaso político-administrativo.

A descortesia e o desprezo de seus governantes e políticos iniciaram-se com o sái e entra entre Wilton Santos e Luis Carlos, com o aval da Justiça, deixando o município parado, jogado às traças, estagnado, não desenvolveu, ficou refém dessa disputa descabida, indesejada, e que ainda reflete negativamente entre o povo. Como forma de reverter esse quadro, o airãoense optou por um nome diferente, a-político, e elegeu, em 2008, um semi-analfeto, o empresário do ramo da navegação, senhor Leosvaldo Roque Miguéis (in memoriam), que, num primeiro momento, foi transformado num semideus, aquele que iria tirar o município do fundodo poço.


Com uma Câmara de Vereadores renovada em 87,5 %, imaginava-se uma representação bem mais atuante do que o famoso quinteto Chiquinho, Argemiro, Mangueirão, Nonatão e Evilásio. Ledo engano, o povo ficou literalmente sem um representante digno, capaz de interagir com seus eleitores e o Poder Executivo. Enfim, foram 4 anos de impasses, 4 anos de agonia, 4 anos de sofrimento e rangeres de dentes, 4 anos de um interminável desgoverno do Gordo. Em 2012, o povo resolveu apostar na baiana Lindinalva Ferreira, do PT, Assistente Social, que assumiu o mandato determinada a fazer a sonhada transformação que todos queriam.

E, mais uma vez, a decepção levou para baixo a auto-estima de um povo carente, humilde e humilhado por governantes insensíveis e cruéis, e, pior, sem perspectiva de futuro. Dentro desta abordagem fica a necessidade da formatação de um novo cenário político local e do surgimento de novas lideranças, da juventude mobilizada, comprometida com a mudança desse triste e grotesco quadro que ai está, emperrando o desenvolvimento social e econômico de um município economicamente viável. Que a juventude, a partir de já, possa fazer valer o novo, de discutir o ideal para todos, com apresentação de planos saudáveis e inteligentes capazes de apoiar programas e projetos que atendam aos anseios da população a partir de 2016.

Já é tempo de excluir a participação dos mesmos políticos de todos os pleitos eleitorais, é preciso impossibilitar a participação de homens com idéias ultrapassadas, velhos, incapazes de tomar decisões acertadas e úteis ao equilíbrio da sociedade airãoense. É preciso dar um chega pra lá nos mesmos homens que primam pela mesmice, pelo tumulto do discurso provinciano que faz essas velhas raposas esquecerem o futuro do município e da sociedade. E, por conseqüência, só pensam em si mesmos.

Aliás, liderança, aliança e fidelidade são palavras que apodreceram no decorrer dos discursos, que externam apenas o “tomar” e “ter” o poder pelo poder. Como exemplo, a administração Lindinalva está deixando muito a desejar! Portanto, as novas lideranças existem, e sei que eles têm planos saudáveis e inteligentes, têm a coragem de se sair da apatia e excluir os velhos hábitos do ouvir palavras tortuosas e repetidas da velharia de políticos que nada fazem. Vamos fixar como missão “encontrar e empossar novas lideranças”. E não querendo me incluir, digo e afirmo que nós temos esse poder e a capacidade de mudar, de fazer a tão sonhada revolução social, primeiramente, colocando cada político no seu devido lugar, ou seja, representando o povo e prestando contas de sua atuação ao povo.

Enfim, partir para o novo é necessário, como necessário é a comunidade discutindo e apresentando aos candidatos aquilo que se quer para a educação, para a saúde, para a segurança, para a cidade.  O dia que a comunidade apresentar suas propostas aos políticos e cobrar resultados através de uma Comissão de Acompanhamento dessas propostas, assinadas pelos candidatos para os 4 anos de mandato, a coisa vai melhorar. Espero que um dia isso torne-se cultural, que o político esteja submisso ao povo, à comunidade, que o político deixe de safadeza e passe a respeitar o povo. E, como professor, penso que a revolução tem que começar na Escola, com a participação da família e da comunidade, para termos a educação ideal que todos os políticos, mas nenhum, ainda desconhece.

Dizer que “ama Novo Airão” não é tudo. “Jamais perca a perspectiva de que a sociedade, da qual você faz parte e que é você, é maior do que o governo. E muitas vezes maior do que os governantes, chefes políticos e dirigentes de qualquer matiz”.(Garcia Neto)

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