O desinteresse dos jovens nessas eleições – por Rodrigo Furtado

Rodrigo Furtado
Rodrigo Furtado
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As manifestações de junho do ano de 2013, considerado atualmente no país, o mais novo fenômeno democrático já ocorrido na história e da atualidade brasileira deixou patente, diante das manifestações, o desinteresse da juventude com o sistema político e os políticos brasileiros. Ficou explícito as insatisfações através de diversas mensagens, cartazes e faixas com os seguintes dizeres: “Vocês não nos representam”.
Das eleições de 2006 até hoje, a fatia de jovens entre 16 anos completos e 18 incompletos, que tiraram o título de eleitor, em todo o Brasil, caiu de 39% para 25%, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A participação de jovens é a menor dos últimos 6 anos, sem desculpar os partidos políticos, que pouco buscam estimular a participação desse público específico e à alguns que nem incentivam.
Nesse período da adolescência, o jovem têm suas preocupações em mente, entre elas, a escolha de uma carreira, que costuma ser uma das primeiras grandes decisões da vida. Grande parte da juventude faz queixas, recorrente do que os adultos, a imprensa, os políticos falam por eles sem ouvi-los. É verdade que milhares de adolescentes protestaram nas ruas e nas redes sociais contra um sistema político que, segundo eles, não os representa. Mas isso não autoriza generalizações.
Os protestos de 2013 foram um movimento de rejeição, mas foram também, uma porta para a participação política deles, pela qual muitos poderão entrar. Porém é cedo para saber de que forma isso afetará o comportamento do eleitorado. Os insatisfeitos podem se recusar a participar das eleições, mas também podem, com o tempo, perceber o poder do voto e assumir, conscientemente, uma parcela de responsabilidade.
Não há, contudo, com que se preocupar. Uma e outra atitude fazem parte do jogo democrático, e a prevalência desta ou daquela não torna o processo menos legítimo. Grandes casos de corrupção, participação de políticos ao crime organizado, números exorbitantes do crescimento do patrimônio dos políticos, o salário bem remunerado, com ‘Ns’ regalias, pensões vitalícias, a carência dos debates democráticos dentro dos partidos e a falta de espaços para a juventude atuar e mostrar do que é capaz e etc… tudo colabora para que o público jovem e aos não jovens, percam o interesse em votar e de participar da vida política, as velhas práticas e os antigos vícios dos ditos “VELHÕES” da política não tem permitido o novo, por medo de perder os espaços para as mudanças.
Vale lembrar que os votos de jovens com 16 e 17 anos é facultativo também e muitos não desejam votar, pois esperam a idade de 18 anos, para poder exercer o seu poder de voto pela primeira vez.
*Rodrigo Furtado – Jovem militante dos Movimentos Sociais do Amazonas e da juventude do PT/Manaus.


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