O psdebista Ademir Ramos quer ser o ‘dono do jogo’ no PDT

Ademir Ramos (1º à direita), na foto da reunião com Carol Braz - foto: cedida por whatsapp

Não demorou muito entre a conversa tida entre integrantes da executiva do PDT e a defensora pública Carol Braz para a possibilidade de ela concorrer ao governo do Estado nas eleições de 2022 e, o estopim ser aceso com as eternas ranhuras na direção da legenda no Estado.


Em meio à vinda do presidente nacional, Carlos Lupi, na última sexta feira (03), onde ele garantiu que estava vindo ao Amazonas para tentar fortalecer a sigla para as próximas eleições, com o lançamento de Carol Braz como pré-candidata e o ex-deputado Luiz Castro a vice, reacendeu uma ciumeira incontrolável na direção estadual. Não pela indicação de Carol Braz, mas para mostrar quem era o dono do passe da nova indicada.

É certo de que a ideia inicial foi do ex-assessor parlamentar e animador Cultural, Paulo Onofre, mas quem tentou protagonizar o lançamento, foi o histórico Stones Machado e o militante sem cargo na executiva, o ‘direitão’ Ademir Ramos, que sonha a pelo menos uns 05 anos ser presidente da legenda no Estado, depois de passar 25 anos no PSDB de Arthur Neto.

Ausência do titular

Ademir, aproveitando que o titular da presidência estadual do PDT, Hissa Abrahão, não havia ido à reunião de confirmação dos nomes Carol Braz e Luiz Castro, sentiu que o seu momento era chegado: era a hora de dizer para Carlos Lupi que ele era o melhor, ao mais capacitado, o imprescindível para a presidência do PDT no Amazonas e, com ele, o campeonato estaria no papo.

Decisão precipitada?

Ademir Ramos não calculou os riscos de uma decisão unilateral, precipitada, dentro de um partido de posições estritamente democráticas. A reunião era para confirmar ou não o nome de uma Mulher para o time que iria concorrer as eleições estaduais, de majoritária a proporcional, estadual e federal, de ponta a ponta, não para ‘arrancar do cargo’ o presidente estadual da legenda, Hissa Abrahão, no meio da concentração para o início da partida.

“Isso cheira a golpe. Querer ganhar o jogo no grito”, pulou Paulo Onofre, que chamou os intencionados na ranhura para briga. Ele se juntou com uma parcela significativa (a maioria) dos diretorianos pedetistas no Amazonas e, disse que vão ter que passar com um trator por cima dele, se quiserem inverter as decisões do partido.

Essa foi a reunião que valeu, com a participação de Carlos Lupi, Hissa Abrahão, Carol Braz, Luiz Castro, Professor Bibiano, Stones Machado, Orcine Melo – foto, cedida por whatsapp

Para alguns integrantes, a presidência Estadual do PDT no Amazonas, ao que tudo indica, tem mais importância que o cargo de governador do Estado. “Hissa é golpista, fora!… Ademir Ramos é o nosso presidente”, disse Stones Machado. Mas, não é o que pensa Paulo Onofre e, pelo que parece, boa parcela da militância.

Por sua vez, o técnico do jogo, Hissa Abrahão, calado estava, calado continua. “Ele não é muito de falar, mas de agir”, defende Onofre.

Presidente municipal

Já o presidente municipal do PDT, Afrânio Barão, garantiu que a sua posição é de neutralidade nessa questão. “Esse campeonato não é meu”, diz. O pensamento dele, é que o partido tenha resultados positivos e que tenha um elenco próprio.

Quanto a quem pertence a bola do jogo, pouco ou nada importa. Só não quer é que o partido entregue a partida no meio de um campeonato que ainda não tem perspectiva de vencedor.

Enfim, é nesse clima de “a bola do jogo é minha, mas ele não quer deixar eu jogar”, que entra a mais nova integrante do time, Carol Braz, como pré-candidata ao governo do Estado do Amazonas e com forte chances de ser a dona da das decisões no Estado, pelo time.

Da redação

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