Os 20% de bolsonaristas é gente pra burro – por Felipe Machado

Bolsonaristas enlouquecidos defendendo o fim das instituições brasileiras - foto: montagem/recorte

Sempre levo susto quando leio que bolsonaristas correspondem a cerca de 20% da população do Brasil. Afinal, isso significa que, do total de 213 milhões de habitantes, estamos falando de algo em torno de 42 milhões de pessoas.


Mesmo em um País com tantos ignorantes, é gente pra burro.

Quando analiso o perfil típico de um bolsonarista, no entanto, esse número não me surpreende tanto assim.

Ter 13 milhões de desempregados, 11 milhões de analfabetos e 20 milhões de brasileiros passando fome, esses, sim, são dados que me preocupam.

Bolsonaristas não costumam passar fome. Muitos deles, inclusive, têm bastante dinheiro. São pobres de espírito, mas aí é uma outra história. Embora saibam ler, porém, a grande maioria é analfabeta.

Não no sentido literal, de não conseguir juntar letrinhas e formar palavras – embora muitos vejam livros como inimigos e até considerem boa ideia queimá-los. São analfabetos de raciocínio, o que gera uma incapacidade latente de compreender a realidade.

Veem o mundo por meio de lentes enviesadas, principalmente porque abastecem seu limitado conhecimento com informações falsas, disseminadas por gente ardilosa apenas para validar falsamente as verdades que só existem em suas cabecinhas.

Outro número preocupante: há 130 milhões de brasileiros no Facebook – quantos deles confiam no que leem nas bolhas de suas redes sociais? Quantos costumam defender “uma notícia que viram no Whatsapp?” Pois é.

Por meio de visões distorcidas, os apoiadores do presidente culpam os outros por não terem seus talentos reconhecidos
Outro traço típico do bolsonarista é o sentimento de ódio pela sociedade ou por quem é diferente – sejam eles mulheres, negros ou gays.

Por meio de visões distorcidas e egocêntricas, os apoiadores do presidente culpam os outros por não terem seus talentos reconhecidos. São, invariavelmente, fracassados. Julgam que mereciam ser valorizados com mais carinho fora do seu círculo.

Por isso se isolam e passam a conviver apenas com quem pensa igual – negacionistas e olavistas, liristas por exemplo. Como diz o ditado, o fracasso lhes subiu à cabeça – e isso afeta a todos os outros, as pessoas normais.

Por que os fracassados gostam de Bolsonaro?

Ora, porque veem que um deles chegou ao poder. Alguém que era um nada, uma piada de mau gosto, de repente se vê com a faixa de presidente do Brasil.

Isso dá esperança a outros indivíduos semelhantes, que acham que o País lhes deve algum tipo de reconhecimento: não devemos.

Os 20% voltarão para a sua merecida insignificância assim que nos
livrarmos do seu líder, em outubro.

Felipe Machado

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