Os “sem votos”, que ocuparam e torcem para chegar ao Senado Federal

Os sem votos do Amazonas na Bancada Federal: João Pedro, Lírio Parisotto e Gilberto Miranda.
Os sem votos do Amazonas na Bancada Federal: João Pedro, Lírio Parisotto e Gilberto Miranda.
Os sem votos do Amazonas no Senado Federal: João Pedro, Lírio Parisotto e Gilberto Miranda.

Suplentes de Senadores que podem herdar o cargo. Pegar carona no mandato sem ter um único voto em seu nome e sem passar pelo crivo do eleitor, mas já representam 22% dos senadores em exercício. Eles são conhecidos como “políticos sem voto”. São os suplentes, que ocupam atualmente 18 das 81 cadeiras no Senado Federal. Eles começaram a incomodar os eleitores, por suas participações descomprometidas com o Estado dono do mandato.
No cenário político do Amazonas, Amazonino Mendes (PDT) passou um ano no Senado, depois de eleito em 1990. Ao se eleger para a prefeitura de Manaus, ele entregou o posto suplente de senador, o empresário paulista Gilberto Miranda (PDT), que exerceu todo o mandato até 1999.
Gilberto Miranda, empresário e político que fez fortuna na Zona Franca de Manaus ao abrir empresas, mesmo sem dinheiro suficiente para bancá-las; conquistou três mandatos de senador, a despeito de não ter recebido um único voto. Casado com uma das herdeiras da família Scarpa, tornou-se anfitrião costumeiro das festas frequentadas pela elite paulistana.
Em 2007, o petista João Pedro Gonçalves da Costa herdou a vaga de Alfredo Nascimento (PR) no Senado. Naquele ano, Alfredo foi nomeado ministro dos Transportes do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Inexpressivamente, João Pedro exerceu o mandato até Alfredo nascimento voltar ao cargo para o qual foi eleito, em julho de 2011.
Caso o senador Eduardo Braga (PMDB) consiga se eleger para o Governo do Estado esse ano, quem deverá ocupar a cadeira no Senado será a esposa dele, Sandra Braga, sua primeira suplente, mas, declaradamente, renunciante ao cargo.
Se Sandra realmente não quiser ocupar a suplência de Senado, está à espreita o segundo suplente, o empresário Lírio Parisotto (PMDB), dono de empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM) e, detentor de uma fortuna estimada em US$ 1,9 bilhão, segundo a publicação da revista norte-americana Forbes.
Parisotto nasceu no Sul do País, reside em São Paulo e vem a Manaus regularmente. Caso Eduardo Braga se confirme no cargo de Governador do Amazonas, Parisotto assumiria a vaga de Senado por (04 anos) e estaria representando o Amazonas na bancada nacional, mesmo morando no Sul do País.
Diante desse quadro, nada convincente, será que já não está na hora de acabar com a figura do suplente a senador?
(da Redação)


Artigo anteriorkarateca busca medalha de ouro em competição nacional, no Rio de Janeiro
Próximo artigoBoi Manaus/2014 terá novidades, segundo o vereador Arlindo Junior

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui