O Palmeiras não irá mandar mais jogos no Allianz Parque até que haja uma manutenção do gramado do estádio, alvo de críticas por seu estado e, possivelmente, sendo a causa de lesões recentes, tanto em jogadores do próprio clube, como Bruno Rodrigues, quanto em adversários, como Giuliano, do Santos.
Por meio das redes sociais, o clube paulista emitiu uma nota oficial informando a decisão e disparou contra a Real Arenas, empresa da WTorre que cuida do Allianz Parque, por conta do estado do gramado e cobrou a devida manutenção do local.
No texto, o Verdão cita ‘irresponsabilidade de terceiros’ e admitiu até a busca da interdição completa da arena junto aos órgãos competentes caso a empresa não solucione o problema.
Veja a nota abaixo:
A Sociedade Esportiva Palmeiras informa que, em razão das atuais condições do gramado do Allianz Parque, somente voltará a mandar jogos no estádio quando a Real Arenas honrar com a sua obrigação de realizar a manutenção adequada do campo.
Importante salientar que o problema não é a grama sintética, implementada justamente com o intuito de oferecer aos atletas um piso sempre em perfeitas condições, mas o descaso da superficiária com a qualidade do campo, que exige melhorias urgentes.
Em função da irresponsabilidade de terceiros, não temos o direito de colocar em risco a integridade física de profissionais – sejam do Verdão, sejam das equipes adversárias.
Caso a superficiária do Allianz Parque insista em protelar a solução necessária para este grave problema, exigiremos junto aos órgãos competentes a interdição da arena.
Abel Ferreira voltou a criticar o gramado
Em entrevista coletiva após a vitória por 2 a 1 sobre o Santos, neste domingo (28), Abel Ferreira voltou a criticar o estado do gramado do Allianz Parque e pediu para que um novo piso fosse colocado no lugar do atual.
“Vou dizer aquilo que eu penso. Isso ultrapassa a minha competência, porque sou treinador, mas vou falar só a minha opinião. A quantidade de jogos que aqui se tem no Brasil… Não falo do Corinthians porque só eles jogam, o Internacional também. O gramado do Fortaleza quando vamos lá é horrível. Maracanã já jogamos no melhor estádio com a grama horrível. Por que é horrível? Porque se joga muito e é impossível recuperar esse gramado natural. O Corinthians está sempre top, não tem problema, porque só joga o Corinthians. Quando cheguei aqui, nunca me viram reclamar do sintético do Palmeiras. Sinceramente, acho uma opção válida. Temos que entender que um estádio como esse pode ser mais que um estádio do futebol, pode ter shows e tudo, entendo perfeitamente. Palmeiras cresceu muito quando decidiram fazer a grama sintética, mas há uma coisa que se chama manutenção. É preciso manutenção. Não altero uma vírgula do que disse há um mês e meio. Só há uma forma de resolver: tem que ser um gramado sintético e novo. E pelo que me disseram, demora 30 dias, porque a base está feita.”
“O que tem que fazer, e essa não é responsabilidade minha, não é só prejudicial aos adversários, é também ao Palmeiras. Quando Abel Ferreira chegou, dois ou três anos, nunca me viram questionar. A grama estava top, não colava na chuteira. Agora o que falta é manutenção. O Palmeiras já tem muitos adversários, então internamente temos que resolver os problemas. Tem que fazer o que é melhor para o Palmeiras. Nossa casa é aqui, mas não está em condições. O que precisa fazer é tirar tudo e botar um novo como era quando eu cheguei. Diziam que o gramado durava 10 anos, mas no Brasil não dura, esquece. Aqui tem Palmeiras, equipe A, B, feminina, concertos. O que tem que fazer é trocar, só isso que eu peço. É para o bem dos jogadores do Palmeiras, não para o Abel. É bom olharmos para a televisão e vermos tapete, top, como existe na Europa. Agora é preciso esforço, trabalhar, dedicação. Não é para amanhã, é para hoje”, completou.
Próximos jogos do Palmeiras
- Red Bull Bragantino (F) – 31/1, 19h30 (de Brasília) – Campeonato Paulista
- São Paulo (N) – 4/2, 16h (de Brasília) – Supercopa do Brasil
- Ituano (C) – 8/2, 21h (de Brasília) – Campeonato Paulista
Fonte: ESPN
