Partido Progressista (PP) quer tirar a suplência de Tabosa sem consultar o TRE

Presidende da CMM, Joelson Silva vai empossar o suplente e esperar decisão da justiça eleitoral - Foto: Montagem

A direção do Partido Progressista (PP), enveredou-se pelo autoritarismo da decisão unilateral para decretar a perda de mandato do primeiro suplente de vereador Ronaldo Tabosa, por suposta infidelidade partidária, sem que antes tenha ouvido a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que é quem tem competência sobre essa questão.


Tabosa foi candidato a Vereador de Manaus pelo PP nas Eleições Municipais de 2016, se credenciou como 1° suplente, mas deixou o partido por questões até então desconhecidas. Atualmente, ele tem o direito, até que se prove ao contrário, de ocupar a vaga deixada pelo vereador Álvaro Campelo (PP), eleito a deputado estadual nas eleições de 2018.

Um dos assessores do suplente de vereador, que preferiu não se identificar, disse que a direção do Partido quer empossar o 4º suplente, passando por cima do 1º, 2º e 3º suplentes, alegando infidelidade partidária de todos, para emplacar o 4º suplente da relação a seu interesse.

Presidente da CMM, Joelson Silva vai empossar o suplente e esperar decisão da justiça eleitoral – foto: montagem

Ocorre que, tanto Tabosa quantos os outros dois suplentes da lista, deixaram o partido por questões que só eles podem informar no Tribunal Regional Eleitoral, através de suas defesas. Cabendo portanto ao TRE, o julgamento do processo, porque questões de infidelidade partidária quem tem que decidir é o TRE não o partido, com querem.

Para o assessor, a vaga é do partido e continua sendo esse entendimento do suplente Ronaldo Tabosa. Mas também compreende que a infidelidade partidária tem suas exceções e ele próprio pode justificar os motivos que o levaram a sair do partido. Nesse caso específico, a questão tem que ser definida pela Justiça Eleitoral.

O Partido pode entrar com uma ação (recurso) e se o TRE reconhecer a infidelidade partidária, aí o suplente da vez perde e assume o outro. Só que não pode ser automático como quer o partido.

Secretário Geral do PP, Walter Sipeli, foi quem assinou o pedido pelo partido – foto: divulgação

A infidelidade e o impedimento não podem ser declarados automaticamente. “Vai que o Tabosa possua gravações, que o expuseram nas hostes internas do Partido, que o obrigaram sair do partido? Ninguém pode prevê o que pode acontecer em um processo de defesa e, não é o presidente do PP quem decide isso”, finalizou o assessor.

Para o mais antigo procurador da Câmara de Vereadores de Manaus, Silvio da Costa Bringel Batista a suposta infidelidade partidária alegada pelo PP somente pode ser declarada pela Justiça Eleitoral e mesmo assim, com o exercício do amplo direito de defesa e do contraditório.

Sendo assim, o presidente da CMM Joelson Silva (PSDB) vai empossar o 1° suplente de vereador na vaga deixada por Alvaro Campelo, sendo ele o próximo da lista, mas obedecendo a ordem de suplência fixada pela Justiça Eleitoral.

Diante da provocação do partido, o presidente da CMM determinou que o procurador Silvio da Costa emitisse um parecer sobre o assunto.

Artigo anteriorMaior navio da temporada atraca no Porto de Manaus com mais de 2,4 mil pessoas
Próximo artigoInstituto utiliza imagens de satélite para mapear agricultura na Amazônia

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui