PDT terá de decidir entre Amazonino com Bolsonaro ou Hissa com Ciro Gomes

Amazonino Mendes e Hissa Abrahão voltam a bater de frente pelo controle da legenda no Estado - foto: montagem

O entrevero político entre o ex-governador Amazonino Mendes (PDT) e o ex-deputado federal Hissa Abrahão (PDT) parece não ter fim.


Os dois começaram a se estranhar na eleição estadual de 2018, tanto pela disputa da presidência do partido quanto pelo direito de concorrer ou não, aos cargos de governador e senador, respectivamente.

Amazonino, na época, foi chamado de ‘coronel de barranco’ pelo grupo político de Hissa, acusado de querer controlar o partido como se fosse uma propriedade no Tarumã e, de atropelar a executiva, a militância e o estatuto do partido, algo como tomar posse da liderança do PDT sem o consentimento da executiva nacional e das principais liderança no Estado.

Eleição 2020

Nessa eleição municipal, Amazonino Mendes e Hissa Abrahão voltaram à carga. Querem a preferência do partido, pelos mesmos viés e motivos. Eles querem colocar as suas candidaturas à prefeitura de Manaus em 2020, sem ter que passar pelas prévias antes da convenção partidárias. Ambos procuram a aclamação, a unanimidade.

Simples!?.. Nem tanto. Hissa Abrahão disse em uma nota publicada no AM1, que não existe ambiente favorável na sigla para uma eventual candidatura do ex-governador na eleição de 2020.

“O ex-governador Amazonino Mendes não é bem-vindo (bem quisto) no PDT, onde está filiado há 8 anos e, se insistir na possibilidade de disputar a Prefeitura de Manaus, terá que se retirar do partido”, disparou.

O recado foi dado e, estourou como uma bomba na Casa do Tarumã. De lá Amazonino retribuiu a gentileza no mesmo tom de voz: “Eu dou um conselho a ele: se realmente pretende ser candidato a prefeito, tem até março (2020) para procurar uma legenda, onde sua forma de pensar seja compreendida. Pode procurar o PSL ou o Novo, porque (ele) tem mais sintonia com essas siglas”, disse.

Alinhamento

Nesse caso, nem ‘o Novo e nem o PSL’. “O que está em questão dentro da legenda, é o alinhamento partidário de cada um”, disse um membro da executiva.

Na campanha para o governo, Amazonino disse que tinha forte simpatia pelo presidente da república Jair Bolsonaro (PSL), chegou a convidar o presidente para o seu palanque, na candidatura de 2018.

Bolsonaro não veio, Amazonino foi derrotado pelo novato Wilson Lima (PSC), por uma margem elevada de votos e, ele se recolheu para preparar o novo bote.

Já o ex-deputado e presidente da legenda no Estado, Hissa Abrahão, que reza na cartilha do sempre presidenciável Ciro Gomes (PDT), tem o aval da executiva, da militância e, parece, conta com o apoio do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

Pelo visto, Amazonino terá que deixar a cadeira vaga. Ir busca a tão cobiçada liderança em outra legenda, mesmo que não muito expressiva para uma disputa majoritária à prefeitura de Manaus.

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