Representantes de órgãos públicos de fiscalização e pesquisadores expuseram dados sobre ocorrência focos de calor e de incêndio e derrubada de árvores na floresta amazônica e discutiram soluções para o problema. O debate aconteceu durante o seminário do Ministério Público Federal do Amazonas (MPF-AM) com a comunidade científica.
Ao citar dados de focos de calor na Amazônia Legal nos últimos 20 anos, dentre outras estatísticas, o pesquisador do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Inpa), Niro Higuchi, um dos conferencistas, destacou que ainda é difícil indicar todas as causas do problema porque há pouco conhecimento a respeito do assunto.
O poder público, de acordo com Higuchi, precisa realizar diagnósticos sobre desmatamento, queimadas e produção de madeira baseados na convergência de evidências. O pesquisador ressaltou ainda que as causas dos incêndios precisam ser identificadas por meio de métodos probabilísticos e não determinísticos.
Conforme o procurador da República, José Gladston Viana Correia, que presidiu a primeira parte do evento, a partir das constatações feitas no seminário, o Ministério Público Federal poderá, em conjunto com órgãos de atuação ambiental, verificar quais as medidas necessárias para que desmatamentos e queimadas não ocorram em níveis tão alarmantes como os que foram registrados neste ano.