Pessoas com deficiência auditiva terão atendimento em libras no Detran-Am

Servidores qualificados para atendimento em Libras/Foto: Vitor Souza

O Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), passa a oferecer, a partir de segunda-feira (31), atendimento em libras para os surdos interessados em tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), ou que precisem de atendimento para quaisquer os outros serviços prestados pelo órgão estadual de trânsito.
Na quinta-feira (27), trinta e dois servidores do órgão, que atuam em todos os setores da instituição, inclusive, na aplicação da prova teórica de legislação e exame de direção, concluíram o curso de formação em Língua Brasileira de Sinais (Libras).


“A partir de segunda-feira todo surdo que precisar dos serviços do Detran-AM receberá atendimento em libras. Estamos cumprindo nosso dever constitucional de atender a todos os cidadão, por isso estamos nos preparando para que ninguém seja excluído do direito de dirigir, ou ter acesso a qualquer outro serviço que prestamos à sociedade”, disse o diretor do Detran-AM, durante a solenidade de formatura.

Servidores qualificados para atendimento em Libras/Foto: Vitor Souza
Servidores qualificados para atendimento em Libras/Foto: Vitor Souza

Marcelo da Costa, presidente da Associação dos Surdos de Manaus (Asman), reforçou o discurso de Leonel Feitoza. “Temos todo direito de dirigir e precisamos dessa ajuda para tirar a CNH”, afirmou o dirigente da Asman. Segundo ele, o interprete em libras, principalmente na hora dos exames é muito importante, porque existem símbolos e termos que não possuem equivalência na linguagem em libras e precisam de uma tradução. “Nós surdos temos o desejo e o direito de dirigir um veiculo, e somos muito cuidadosos”, garantiu Marcelo Costa.

De acordo com o diretor presidente do Detran-AM, Leonel Feitoza, atualmente onze pessoas deficientes auditivas estão com agendamento junto ao órgão para fazer a prova teórica de legislação. A expectativa dele é que a procura deva aumentar a partir de agora, com a presença de um intérprete de Libras. “A falta de compreensão da prova por não ter a presença do intérprete era um dos empecilhos para que os deficientes auditivos fossem aprovados na prova teórica de legislação. Também havia dificuldade na prestação de outros serviços a esses cidadãos, como a regularização de veículos e outras demandas”, afirma Feitoza.

Leonel Feitoza esclareceu que a atuação do profissional em Libras deverá limitar-se a informar ao candidato surdo a respeito do conteúdo dos procedimentos administrativos dos exames e cursos do processo de habilitação, sendo proibida a interferência na tomada de decisões do candidato capazes de alterar o resultado da aferição da capacidade do candidato.

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