
Na manhã desta quarta-feira, 12 de junho, a Polícia Federal deflagrou uma operação visando combater o desvio de recursos dos fundos partidário e eleitoral utilizados nas eleições de 2022 pelo partido PROS, que foi incorporado pelo Solidariedade em 2023. A operação abrange os estados de Goiás, São Paulo e o Distrito Federal, com os agentes cumprindo sete mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão.
Até o momento, seis pessoas já foram presas, incluindo:
• Eurípedes Gomes Júnior, atual presidente nacional do Solidariedade
• Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira do Solidariedade
• Alessandro, conhecido como Sandro do PROS, candidato a deputado federal
• Berinaldo da Ponte, ex-deputado distrital
Os indivíduos são investigados por crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral. A investigação foi iniciada após a denúncia de um presidente partidário, que acusou um ex-dirigente de desviar aproximadamente R$ 36 milhões. Durante a operação, a Polícia Federal tenta bloquear R$ 36 milhões e indisponibilizar 33 imóveis pertencentes ao grupo. Em Goiás, foram apreendidos R$ 26 mil em espécie.
Os mandados foram autorizados pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal. Em nota, o partido Solidariedade afirmou que os eventos ocorreram antes da incorporação do PROS e que estão se inteirando da situação para formular uma posição.
As investigações revelaram indícios de que o grupo criminoso utilizou candidaturas laranjas em diversos estados para desviar e se apropriar dos recursos dos fundos partidário e eleitoral. Além disso, o grupo é suspeito de superfaturar serviços de consultorias jurídicas e desviar verbas destinadas à Fundação de Ordem Social, ligada ao PROS.
O dinheiro desviado teria sido lavado através da criação de empresas de fachada, compra de imóveis por intermediários e superfaturamento de serviços prestados aos laranjas e ao partido.
A TV Globo tentou contato com as defesas dos citados na reportagem, mas ainda não obteve resposta.
Fonte: G1