Plínio Valério denuncia casos de assédio moral nas empresas do DI

Plínio Valério denucnia casos de assédio moral no DI/Foto: Tiago Correa
Senador Plínio Valério (PSDB) - foto: recorte

Plínio Valério denucnia casos de assédio moral no DI/Foto: Tiago Correa


Enquanto alguns parlamentares se preocupam com a data de votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), relativa à prorrogação por mais 50 anos da Zona Franca de Manaus (ZFM), prevista para ocorrer amanhã, terça-feira (18), o vereador Plínio Valério (PSDB) lamenta os 116 casos de crimes de assédio moral sofridos por trabalhadores do Distrito Industrial. A denuncia foi propagada durante o pronunciamento do parlamentar, na manhã de hoje, segunda-feira (17), Câmara Municipal de Manaus (CMM).


De acordo com o parlamentar, o Ministério Público do Trabalho do Amazonas (MPT/AM) registrou entre o período de janeiro a outubro de 2013, 116 casos de assédio moral cometidos pelas empresas do Distrito Industrial contra industriários. “Enquanto os políticos se expõem e travam brigas pela prorrogação, as empresas do Distrito Industrial continuam agindo como estivessem no século passado, principalmente no que diz respeito ao assedio moral”, criticou Valério.

Conforme o vereador, além de conviver com o assédio moral, os trabalhadores do Distrito Industrial também enfrentam outros problemas como o subemprego e insegurança. Ele acusa como principais indiciados, os próprios donos das empresas, os quais na opinião dele, não movem se quer uma ‘palha’ para melhorar a qualidade de vida dos operários. “Não tenho a menor ideia e não conheço ninguém que possa levantar o quanto em dinheiro, nesses anos todos, essas empresas já lucraram, e em nada foi aplicado. O que ficou desse dinheiro todo? O povo vive melhor? Manaus está melhor?”, questionou Valério, ao observar que os modelos sociais são insolúveis, e que tudo é herança da ZFM, e que somente a preservação da floresta é o grande trunfo, “o que não foi objetivo e sim consequência”, disse ele.

“Cabe a nós depois desses 50 anos de prorrogação resolver o que fazer. Tolerar assédio moral por parte de dirigentes das indústrias do Distrito Industrial é compactuar, concordar é cometer crime. Assedio moral não podemos aceitar, principalmente nesse momento em que queremos defender o parque industrial”, disse Plínio Valério.

Quanto à prorrogação da ZFM, ele aposta que não será votada na data marcada, se referindo ao momento político que desfavorece o Amazonas, porém se diz despreocupado, porque a continuação do modelo econômico está garantida e faz parte do preceito da Constituição Federal que é garantir a diminuição das desigualdades sociais. “No momento em que o Governo quiser se vota e aprova. A única coisa boa que fica para o Amazonas são os empregos. Para nós amazonenses a Zona Franca tem sido ruim”, completou o parlamentar.

Como disse o vereador, o Amazonas não precisa ser obrigado a aceitar desaforos, e muito menos ser humilhado e ser tratado como se fosse colônia. “Muita gente briga pela prorrogação da Zona Franca sem saber o que significa. É a política que quer imobilizar o trabalhador. É obrigação nossa lutar pela Zona Franca, mas não adianta lutar sem encontrar um modelo alternativo, seja na pesca, na madeira, no turismo ou qualquer outro”, concluiu.


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