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Ivens Scaff, poeta e escritor
No aniversário da cidade verde vai dando uma vontade de poetizar Cuiabá, já que a poesia é a linguagem humanautilizada com fins estéticos, ou seja, retratando algo em que tudo pode acontecer dependendo da imaginação do autor como a do leitor. E o que nós imaginamos para Cuiabá? Não vamos nos prender aos temas saúde e educação, aí incluídos saneamento e formação de cidadãos, pois a estes temas não faltam debates. Falta, sim, vontade política para não dizer falta vergonha!
Neste tudo pode acontecer poético é imprescindível reatar os laços da cidade com os seus rios. Sejam os pequenos córregos tratados como condutores de esgoto, seja o rio Coxipó abandonado a sua própria sorte, seja o rio Cuiabá para quem os cuiabanos dão as costas. Quando digo cuiabanos não faço distinção entre quem nasceu ou não aqui por achar essa questão completamente ultrapassada. Pau rodado, fincado (casado aqui) ou brotado (filhos nascidos aqui).
Poucas cidades têm rios como os nossos. Sem poluição industrial. Completamente recuperáveis com um mínimo de trato. Fartos de peixes ainda, pedindo apenas bons projetos de manejo que os nossos biológos têm prontos e sonham ser executados. Quantas áreas verdes poderiam ser implantadas ao longo dos rios Cuiabá e Coxipó. Poetizar Cuiabá seria recompor a vegetação urbana, túneis de verde em toda a cidade. Melhor ainda se fossem plantados piúvas roxas e amarelas, aricás, cambarás, tarumeiros e tarumaranas. Palmeiras sim, bocaiuveiras também. O poeta Freirejá chamou as bocaiuveiras de palmeiras pantaneiras. Crianças aprendend…
