Comenta-se em Manaus que se o governador Amazonino Mendes (PDT) tivesse contratado uma ‘empresa de segurança patrimonial’ para elaborar um projeto de segurança para o Estado, o resultado seria mais satisfatório que a consultoria do ex-prefeito de Nova Iorque Rudolph Giuliani, por U$ 5 Milhões para ‘colaborar’ em ações que viriam reduzir a criminalidade no Amazonas.
O protocolo de intenção assinado por Amazonino e o americano no dia 18 de Abril, em New York, previa que a consultoria e acompanhamento das ações de segurança iniciariam em maio desse ano. Bem, de maio a junho de 2018, ás vésperas das eleições gerais, o que se presencia, principalmente na capital e na Região Metropolitana de Manaus é o aumento vertiginoso de assassinatos e assaltos à luz do dia e pela madrugada afora.
Há muito os manauaras não viviam tão amedrontados e com tantas notícias de crimes, assaltos, mortes violentas, apreensão de drogas, mortes por facadas, pauladas, terçadadas, estupro, venda indiscriminada de drogas, o trafico correndo à solta e, transgressão das leis do silêncio, de trânsito, dos direitos constitucionais dos cidadãos, como nesse período governado por Amazonino.
Também não viam tanta demora na recaptura dos 35 detentos foragidos do Centro de Detenção Provisória (CDPM2), que no dia 12 de maio desse ano ganharam as ruas para nunca mais voltar. Nem também, mortes violentas em bairros de classe média e alta, com execuções a tiros a luz do dia e trabalhadores morrendo executados no exercício do trabalho.
Pelas estatísticas apresentadas pela Secretaria de Segurança do Estado, os índices estão caindo. Os homicídios de janeiro a maio de 2018, atingiram a marca dos 334 crimes registrados, uma redução de 15,4% em relação aos cinco primeiros meses de 2017, que tiveram 395 assassinatos. Mas os assaltos, esses aumentaram em relação a 2017.De janeiro a maio de 2018, foram registrados 18.983 contra 16.250 no mesmo período de 2017. Esses números são referentes aqueles em que as pessoas fazem a denúncia nas delegacias.
Falta intimidade
Diante disso, o que se imagina é que o Mister Rudolph Giuliani não tenha tanta intimidade com o calor dos trópicos e nem a gentileza de recusar uma ideia, no mínimo, inconsequente do governador Amazonino Mendes de achar que um ‘nova-iorquino’, com sucesso em outra cultura, em outro cenário, em outra época, iria dar um ‘jeito’ na segurança do Estado.
Coronéis da Polícia Militar do Amazonas, certamente, se devidamente credenciados, conseguiriam fazer melhor pela segurança do Amazonas. Sempre foi assim. Mas já que o governador não quer depositar confiança no efetivo da PM do seu Estado, então que se contrate uma empresa de segurança patrimonial. De certeza ela fará melhor que o americano. Além de ficar muito mais em conta.
