Prefeito de Novo Airão não disse porque levou tanta gente a Brasília

Frederico Júnior terá de explicar, inclusive ao MP, o que foi e porque foi a Brasília - foto: perfil

Por Garcia Neto
Muito se debateu pelas redes sociais sobre a apresentação do relatório de viagem do prefeito de Novo Airão, Frederico Júnior (MDB), a Brasília onde ele e uma imensa caravana de vereadores (Quase toda a Câmara), se deslocou do município de Novo Airão para participar da XXII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios sem autorização do legislativo.


O que mais se questionou, foi o resultado da viagem e que ela poderia ter contribuído para o desenvolvimento social e econômico do município, além dos gastos exorbitantes na capital federal. No entender dos internautas, a viagem não teve resultado.

Chegou-se a cogitar que o líder do prefeito na Câmara, o vereador Daniel Barros PRTB) faria a leitura na sessão dessa segunda-feira (22), falando sobre o que eles foram fazer em Brasília, mas ele entrou mudo e saiu calado do Plenário.

Chegou-se a apostar sobre a possível dificuldade que Frederico teria de explicar à população sobre o porquê do tamanho de sua comitiva. Pressupõe-se que o custo dessa viagem poderá deixá-lo em situação embaraçosa perante o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o Ministério Público.

Do relatório de viagem de um prefeito em missão a outro estado da Federação deve constar o objetivo do compromisso, o local do evento, os acompanhantes, se teve audiências ou reuniões para tratar sobre liberação de recursos ou se reafirmou alguma emenda parlamentar e o valor delas.

O prefeito apenas disse que foi tratar de assuntos do município, mas nada detalhou. Quanto aos gastos, até agora nada esclarecido. As redes sociais de Novo Airão estão a exigir de Frederico Júnior explicações sobre a origem do dinheiro usado em Brasília para custeio com hospedagens, alimentação, visitação a locais turístico, locomoção urbana, diárias, cafés, entre outras despesas para tanta gente.

Frederico Júnior terá de explicar, inclusive ao MP, o que foi e porque foi a Brasília – foto: perfil

A turma que acompanhou o prefeito nessa viagem ficou conhecida como a “patota do prefeito”.

Pelo tamanho do grupo a ideia que se tem é que aconteceu uma verdadeira farra com o dinheiro público para satisfazer aos desejos de importantes fisiologistas da política airãoense, entre eles os vereadores Daniel Barros, Nerita Castro, Rocicleide Andrade e Marcos Jânio, o Marquinho.

O prefeito também não consegue explicar os motivos que o levaram a convidar pessoas inúteis para o passeio e, se o encontro era específico para mobilização e articulação dos gestores públicos municipais durante a Marcha.

Cabe lembrar que, para o prefeito e seu vice ausentarem-se do Estado, o Legislativo municipal tem de autorizar formalmente o deslocamento. Só Frederico comunicou que ficaria ausente pelo período de 06 a 12 de abril, mas não pediu urgência para que fosse formalizada a autorização para a viagem.

Por descumprimento ao art. 66 da Lei Orgânica do Município, o prefeito e o vice podem perder o mandato.

*Garcia Neto é Jornalista e Professor

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