Prefeitura é destaque nacional no diagnóstico e acompanhamento de hanseníase

Foto: Divulgação / Semsa

Com o objetivo de compartilhar as experiências exitosas durante o período da pandemia da Covid-19, implementadas junto aos pacientes em tratamento, assim como aos casos novos de hanseníase diagnosticados na capital amazonense, a Prefeitura de Manaus foi convidada para participar, no dia 31 de agosto, a partir das 16h, da “Reunião dos Coordenadores Estaduais e de Capitais de Hanseníase”, promovida pela Coordenação-Geral de Vigilância de Doenças em Eliminação (CGDE), do Ministério da Saúde (MS).


Além de representantes do Ministério da Saúde, coordenadores de programas de hanseníase dos demais Estados e capitais brasileiras participarão da webconferência para conhecer as metodologias e as ferramentas tecnológicas utilizadas pelos profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), responsáveis pelo alcance dos indicadores no controle da hanseníase, uma doença secular que desafia a saúde pública no Brasil.

Para a titular da Semsa, Shádia Fraxe, o convite feito à Manaus para compartilhar experiências exitosas destinadas ao controle e quebra da cadeia de transmissão da hanseníase, é um importante reconhecimento aos trabalhadores da saúde envolvidos no combate à doença, que ainda é cercada por muito preconceito.

“Estamos muito felizes por esse destaque no enfrentamento à hanseníase, uma doença que nos desafia porque ainda requer uma sensibilização e ações de educação em saúde para a população, organização de fluxos de atendimento para permitir o diagnóstico precoce e outras iniciativas articuladas. Mas todo esse esforço está sendo recompensado pelos indicadores positivos”, ressaltou.

A chefe do Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, Ingrid Simone Alves dos Santos, informou que os fluxos das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município foram reorganizados no período da pandemia para facilitar o acesso dos usuários aos exames de pele, o que possibilitou a detecção precoce de casos novos e a manutenção do tratamento entre os pacientes em acompanhamento, para diminuir o abandono, por meio do monitoramento mais efetivo.

“Desta forma possibilitamos que nossos pacientes tenham acesso a atendimento especializado, qualificado e individualizado de acordo com as necessidades e vulnerabilidades, viabilizando a continuidade do tratamento, o acompanhamento de seus contatos sem a necessidade de entrar na fila do sistema de regulação” assinalou.

De janeiro a julho deste ano, a Semsa realizou 24.786 exames de pele, com o registro de 55 casos novos de hanseníase, sendo três em menores de 15 anos. Quando comparados ao mesmo período do ano de 2020, é possível verificar um incremento de 22% na detecção de casos novos, mediante as estratégias implementadas no período.

Para quebrar a cadeia de transmissão da hanseníase, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, a Semsa adota estratégias envolvendo as equipes das secretarias municipal e estadual de saúde, incluindo treinamentos em serviço e capacitações para os servidores, atendimento e administração das doses supervisionadas em domicílio,  além de utilizar as ferramentas elaboradas pela secretaria, que permitem a interoperabilidade com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e com o Sistema de Vigilância das Notificações (Savan) e o Sistema da Gestão do Cuidado (Hansen) que monitoram em tempo oportuno o atraso das consultas e tomada das medicações, exame dos contatos intradomiciliares e sociais e avaliação das incapacidades físicas,  reduzindo o abandono para a quebra da cadeia de transmissão.

“Mesmo durante a pandemia obtivemos 94,5% de cura em 2020, quando o preconizado é de 90% pelo Ministério da Saúde, e com uma taxa de abandono de 3,64%, muito menor que os 10% preconizados pelo MS. Esses são resultados do comprometimento da equipe multidisciplinar da Semsa”, acrescentou Ingrid.

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