Prefeitura faz busca ativa de casos suspeitos de tuberculose e hanseníase

Foto: Divulgação /Semsa

A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), realizou na última quarta-feira, 16/6, no Centro de Reabilitação em Dependência Química Ismael Abdel Aziz, localizado no quilômetro 53, da rodovia estadual AM-010 (Manaus-Rio Preto da Eva), um inquérito epidemiológico para identificação de casos suspeitos de tuberculose e hanseníase. O centro atende pessoas em tratamento de dependência química pelo uso abusivo de álcool e outras drogas.


Conforme o chefe do Núcleo de Controle da Tuberculose da Semsa, Daniel Sacramento, a ação iniciada na última quarta-feira, foi dividida em três etapas, com a primeira sendo a sensibilização do público atendido no centro de reabilitação em relação à tuberculose e hanseníase, as formas de transmissão e o tratamento das doenças, seguida de oferta de exame com coleta de escarro para o diagnóstico de tuberculose, assim como exame dermatológico para identificação de casos suspeitos de hanseníase.

“O inquérito faz parte do trabalho de prevenção que a Prefeitura de Manaus desenvolve, especificamente no cuidado da saúde dos grupos de pessoas mais vulneráveis ao adoecimento por tuberculose, por ser uma doença muitas vezes desencadeada por condições precárias de vida. Pessoas que fazem ou fizeram uso abusivo de álcool e outras drogas, estão incluídos neste grupo por ter um sistema imunológico comprometido pela dependência química, o que favorece o adoecimento após contato com a bactéria que causa tuberculose”, explicou Daniel.

Foto: Divulgação /Semsa

Em 2020, o município de Manaus registrou 2.059 casos novos de tuberculose, com 61,1% dos casos em homens e 38,9% em mulheres. Em relação à faixa etária, 57,9% foram diagnosticados em pessoas com idade entre 20 e 39 anos e 37,5% na faixa etária de 40 a 59 anos.

Ainda segundo Daniel, Manaus tem apresentado uma média anual de 2.300 casos de tuberculose, mas em 2020 houve uma redução de 10% no número de casos em relação a 2019.

Na ação no centro de reabilitação, além da coleta de material para o exame de escarro para o diagnóstico de tuberculose, foi realizado o teste conhecido como PPD (derivado proteico purificado), exame padrão para identificar se o paciente teve contato com o Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), bactéria que causa a tuberculose.

Foto: Divulgação /Semsa

A chefe do Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, enfermeira Ingrid Simone Alves dos Santos, destacou que a meta da secretaria na ação incluiu a realização do exame dermatológico para detecção de casos suspeitos de hanseníase em todas as 80 pessoas atendidas pelo centro de reabilitação.

“Em casos suspeitos de hanseníase, há o atendimento imediato, com exame clínico e é realizado o exame de baciloscopia e, se houver necessidade, a equipe está equipada para a coleta de biópsia realizada pela dermatologista. Nesta ação, o paciente já inicia o tratamento terapêutico supervisionado, onde já ocorre a quebra da cadeia de transmissão. Conforme o diagnóstico, o tratamento pode ter duração de seis a 12 meses”, esclareceu a enfermeira.

Em caso confirmado de hanseníase, após alta do tratamento de reabilitação em dependência química, os pacientes serão acompanhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) mais próximas do domicílio.

No ano de 2019, Manaus registrou 126 novos casos de hanseníase e no ano de 2020 foram 72 novos casos. Neste ano, houve a notificação de 26 novos diagnósticos da doença.

A terceira etapa da ação no centro de reabilitação vai incluir o treinamento em serviço da equipe de saúde que acompanha as pessoas atendidas no espaço.

“O paciente em tratamento de dependência química é acompanhado no centro de reabilitação por uma média de 90 dias, então é importante que a equipe de saúde também seja sensibilizada para a detecção precoce de casos suspeitos de tuberculose e hanseníase. A Semsa já está preparando esse treinamento, trabalho que vem sendo reforçado com todos os profissionais na rede municipal de saúde”, garantiu Ingrid.

 

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