Preocupação – Por Max Diniz Cruzeiro

Neuro cirurgião Max Diniz Cruzeiro (DF)

Preocupação é um tipo de ocupação mental que antecede um ato que gera ampliação dos processos que condicionam a ansiedade, em um indivíduo.


Geralmente uma preocupação surge de uma identificação de consciência de que determinado rito formal expresso não está saindo conforme o previsto ou determinado.

Ou partir de uma ausência, em que uma falta se estatiza como uma ruptura que deva ser preenchida. Então o indivíduo parte em perseguição aquilo que é gerador de angústia.

Essa ocupação cria apreensão, porque luta contra o tempo, para tentar coordenar ações que possam ser desencadeadas dentro de uma fração reduzida de tempo.

Por isto, geralmente diante de uma preocupação um estado de tensão floresce. E o indivíduo passa a querer cada vez mais ativar o seu sistema simpático.

As vezes os motivos que levam um indivíduo a manifestar preocupação são de ordem interna, alguns são relativos a normatização de sua própria segurança. Outros em relação a satisfazer as equações que dizem respeito as demandas ambientais, em que está encapsular: a necessidade, a vontade e o desejo.

Neuro cirurgião Max Diniz Cruzeiro (DF)

O compromisso que uma pessoa assume consigo mesmo de terminar determinada atividade dentro de um prazo estabelecido também pode ser uma forma de desencadeamento reativo de preocupação.

O tempo reduzido é uma causa que ativa a ansiedade dentro de um modelo de preocupação. O indivíduo se sente refém de prontos movimentos reativos e passa a demandar por reações somáticas cada vez mais intensas a fim de corresponder em termos de força, com o esforço necessário que deva ser desencadeado a fim de que o cumprimento de uma atividade seja desenvolvido.

Uma pessoa em estado de preocupação consegue facilmente se desconectar de outras atividades, e passa a se concentrar apenas naquele princípio de urgência que é fundamental proceder com a regulagem do movimento reativo.

As preocupações andam dentro do intelecto de um ser humano, e mais precisamente sobre os seus elementos subjetivos, que instigam ao raciocinar e relacionar humanos.

Parte de uma estratégia de elementos projetivos, ao qual se configura uma espécie de ideação reparatória a fim de que o processo ao qual se tem temor de sua não realização possa ser gestado dentro de um modelo de remodelagem de entendimento para que as funções sensoriais voltem para o seu padrão normal de funcionalidade.

Este tipo de ocupação é geradora de estresse, que pode ser do tipo de estresse negativo: distresse; ou através de estresse positivo: eustresse. Mas que visa uma recolocação do indivíduo do sentido de incitamento para que ele volte as atividades normais de desenvolvimento sensorial.

Preocupação leva a aspectos de reavaliação de condutas a respeito de como se relacionar diante de um determinado fenômeno presente no ambiente.

A mente humana diante de um fenômeno que eleva a preocupação fica em escala de funcionamento além da frequência padrão de funcionamento.

Pode-se chegar a pensar que hormônios como adrenalina e noradrenalina podem ser desenvolvidos e desencadeados em larga escala a fim de reproduções somáticas dentro do organismo humano, diante de um fenômeno de preocupação.

Se percebe com a ativação do sistema simpático que a ampliação dos batimentos cardíacos a tensão arterial também se elevam e pode fazer com que um indivíduo entre em crise de pânico ou passe a vibrar o seu corpo (tremedeiras) para corresponder a necessidade de manifestação de uma ansiedade.

A tensão nervosa provoca espasmos musculares, e o indivíduo diante de um fenômeno de preocupação percebe nesta tensão um tipo de inquietude e síndrome agitante que não permite que ele se perceba quieto em um ambiente.

Por vezes sintomas de invasão são percebidos como disfuncionais, e o indivíduo vê tão claramente e intensamente sua angústia que passa a raciocinar como se todos os indivíduos do ambiente estivessem afetados a partir do mesmo princípio, com uma noção de que todos estivessem tendo uma completa compreensão do que está acorrendo internamente dentro de si.

Uma preocupação apenas é extinta quando a pessoa retira a importância do fenômeno, por se crer vencida, do qual pode passar a manifestar luto, melancolia ou tristeza, ou quando, ela consegue encontrar uma solução que ajuste a sua necessidade da demanda ambiental.

O desvio de atenção quanto ao objeto principal que desencadeia a excitação que leva um indivíduo a tensão provocada pela preocupação, pode solucionar provisoriamente a inabilitação de um indivíduo em corresponder a outras necessidades vitais, enquanto não encontra uma solução para sair de seu sofrimento.

Outra tática muito utilizada pelas filosofias orientais e do ocidente antigo, era reduzir a termos racionais as premissas, na forma de argumentos, que induziam a percepção de não aumento e/ou elevação da aflição. De forma que pudesse ser gestado um tipo de pensamento pacificador no rol das preocupações, que pudesse corrigir as falhas de inquietude da mente perseguidas no decorrer do processo de identificação com o fenômeno.

Uma preocupação prolongada pode desviar o olhar e a atenção do verdadeiro tipo de atitude necessário para que um indivíduo corresponda a um regime de urgência presente em um contexto ambiental.

Fraternalmente,

Max Diniz Cruzeiro

 

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