O terceiro assaltante que participou do latrocínio de um policial militar durante roubo em uma lanchonete na Zona Norte de Manaus se entregou à Polícia Civil, na manhã desta quinta-feira (2). Jorge Luís Carvalho Martins, de 22 anos, confessou que dirigiu o carro roubado durante o assalto e que deu apoio aos outros dois assaltantes no crime, ocorrido no dia 28 de outubro.
Jorge Luís foi preso ao comparecer com um advogado a Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd), no bairro Alvorada. Com a prisão do terceiro integrante do grupo, a Polícia Civil considerou elucidado o crime.
“Ontem fomos procurados pelo advogado dele sinalizando que ele iria se entregar e na manhã desta quinta o Jorge se apresentou na unidade policial. Ele não desceu do carro, era o piloto de fuga”, afirmou o delegado adjunto da Derfd, Daniel Leão, sobre a participação de Jorge no latrocínio.
Jorge Luís disse que ficou R$ 50 do dinheiro roubado da lanchonete e durante uma semana permaneceu escondido no bairro Flores, na Zona Centro-Sul da capital. “Eu fiquei no bairro Flores. Fiquei com medo porque a polícia foi lá em casa e deu um tiro na minha tia que pegou de raspão na minha prima. Me entreguei, porque se eu não me entregasse quem pagaria era minha família”, declarou o preso.
A Polícia Civil investigará se Jorge Luís tem participação em outros crimes.
Prisões
Dois homens que confessam ter assassinado Marcelo Chaves de Souza, de 33 anos, foram apresentados na quarta-feira (1°). Pablo Yuri Pimentel Rocha, 18 anos, e Leonardo William Melo Silva, 19, estavam foragidos desde dia do crime. Leonardo William foi preso em cumprimento de mandado de prisão preventiva depois de se entregar na Derfd, na segunda-feira (31).
O segundo a ser preso foi localizado pela equipe de investigação da Derfd, por volta das 10h, desta quarta-feira. Paulo Yuri foi preso em uma casa na comunidade João Bosco, no bairro Flores.
Crime
Por volta das 2h30 do sábado, três homens chegaram à lanchonete localizada no cruzamento das ruas Rouxinol e Canário, no bairro Cidade Nova. O trio estava em veículo modelo Voyage branco. O carro usado pelos criminosos tinha sido roubado minutos antes na rua Lobo D’Almada, no Centro. O veículo era de aplicativo de transporte particular. O motorista foi mantido refém e abandonado na Avenida Max Teixeira, nas proximidades do local do segundo assalto.
Os criminosos anunciaram o assalto e roubaram celulares, levando dinheiro e outros pertences. Dois assaltantes que estavam armados fizeram com que todos os clientes levantassem as blusas. Quando um deles se aproximou do PM, com uma arma falsa, o policial tentou reagir e foi agarrado pelo assaltante que impediu que o soldado sacasse a arma dele. Enquanto isso, um segundo assaltante atirou no soldado, que foi baleado com um tiro no tórax. Os criminosos fugiram no carro roubado.
O soldado Marcelo de Souza foi socorrido e levado para Serviço de Pronto-Atendimento (SPA) Danilo Corrêa, que fica a próximo do local do crime. O PM foi transferido às 4h11 para Hospital Pronto-Socorro (HPS) Platão Araújo, mas não resistiu e morreu na manhã de sábado.
Segundo o delegado Adriano Felix, titular da Derfd, Leonardo William foi o autor do disparo que matou o soldado Marcelo Chaves de Souza, 33 anos. Pablo Yuri segurou o policial militar que tentava reagir. O assaltante que dirigiu o veículo roubado seria Jorge Luís Carvalho Martins. Toda a ação criminosa foi gravada por câmeras de segurança da lanchonete.
“Nós conseguimos identificar os três infratores que praticaram esse crime bárbaro contra o policial militar. O Leonardo acabou se entregando para equipe da Derfd logo após as incursões da equipe da Derfd e de policiais militares.
Ele ficou com medo e confessou toda ação criminosa, dizendo quem era cada um dos integrantes que fizeram parte desse crime. São pessoas viciadas em drogas e praticam esses arrastões em estabelecimentos comerciais, possivelmente para consumir drogas”, informou o delegado.
Leonardo William disse que, no momento do assalto, o trio não sabia que o homem que reagiu era policial militar. Ele contou que se entregou por medo de morrer. Yuri e Leonardo já respondiam por crime de roubo qualificado.
“Na hora eu não sabia que era policial militar. Atirei porque estava assustado. Nele, foi só um tiro, dei dois tiros no chão. Quando descobrimos que ele era policial pensamos: estamos ferrados e cavamos nossa própria cova”, disse Leonardo William na delegacia.
Os assaltantes confessaram que roubaram cerca de R$ 500 da lanchonete. “Eu peguei 150 reais, peguei para mim, gastei com comida porque nesses dias fiquei escondido”, Pabro Yuri.
Fonte: G1
