Santa Luzia impacta geração de renda de 10 mil famílias por meio da reciclagem de isoporEm tempos de aquecimento global e busca por preservação do planeta, a economia circular se torna uma alternativa eficaz para diminuir parte dos processos de produção. Pautada nesse conceito, a Santa Luzia, maior parque industrial moldureiro da América do Sul, trabalha com um processo 100% circular, já que 96% da produção é fruto de reciclagem e na outra ponta também recicla quase a totalidade de seus produtos. A empresa produz revestimentos de paredes e rodapés feitos a partir do isopor e mira dobrar a venda dos produtos no mercado externo em 2022.
Primeira do segmento a produzir produtos de alto padrão reciclados, a Santa Luzia aposta no mercado externo e, atualmente, exporta cerca de 10% da produção para países como Estados Unidos, Japão, Dubai, Argentina, Uruguai e Chile. Hoje são vendidos 500 mil metros/ 200 mil barras por ano e a intenção é chegar ao dobro este ano. O faturamento de 2021 ultrapassou R$ 200 milhões.
Papel social e ambiental
Apesar do potencial de reciclagem do isopor, segundo a última pesquisa do Instituto Socioambiental de Plásticos, apenas 34,5% do material consumido em nosso país é reciclado. Já a produção é de aproximadamente 100 mil toneladas por ano.
Na contramão desta realidade, a indústria catarinense recicla 70% deste montante nacional. Hoje, a companhia recicla mais de 700 mil toneladas de resíduos por mês através de parcerias com empresas e cooperativas. A capacidade de produção é em torno de 1 milhão de metros em 30 dias.
O modelo de negócios da Santa Luzia se debruça sobre campanhas de conscientização da população em busca de novas parcerias para reaproveitamento de resíduos e para ampliar o volume de reciclagem individual de isopor no Brasil.
Atualmente a empresa trabalha com 200 empresas ativas e mais 400 variáveis com as quais criou uma nova forma nova modalidade de fonte de renda por meio da reciclagem para catadores e cooperativas. Além dos 1.100 colaboradores diretos, a companhia impacta até 10 mil famílias com o processo e as parcerias. E a intenção é catalisar ainda mais cooperativas com objetivo de atingir sua capacidade produtiva, cegando ao dobro (1,4 milhão de toneladas/ mês).