Profissionais da saúde do AM orientam servidores sobre câncer de mama

Servidores atentos às orientações/Foto: Jhony Lima

Servidores da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc), do Amazonas, participaram de uma palestra com profissionais da área de Saúde sobre a prevenção e os cuidados que as mulheres devem ter, em relação ao câncer de mama.


A conversa de orientações foram realizados do hall da sede da Seduc, no bairro Japiim, na zona Sul de Manaus, e fazem parte da programação em alusão ao Outubro Rosa, executada pela Gerência de Promoção e Valorização do Servidor da Seduc, como parte das ações do Programa Valoriza RH, que promove atividades para integrar e favorecer a qualidade de vida dos funcionários públicos estaduais da educação, dentre as quais: atividades de avaliação física, ginástica laboral e palestras diversas sobre saúde.

Servidores atentos às orientações/Foto: Jhony Lima
Servidoras atentos às orientações/Foto: Jhonny Lima

O especialista em câncer de mama, ginecologia e obstetrícia, Marden Araújo, reforçou a importância do autoexame e da prevenção à vida e orientou às mulheres quanto à necessidade de ter um estilo de vida mais saudável, como a redução de peso, a prática de atividades físicas, uma alimentação adequada, diminuir o consumo de álcool e principalmente o autoexame.

“Quanto mais a mulher se conhecer, mais ela vai saber se diagnosticar, e junto com o seu médico, chegar num diagnóstico mais provável. Quanto mais precoce é o diagnóstico do câncer, mais chances tem de cura, chegando a 95% dos casos”, explicou o médico, que trabalha na Fundação Centro de Controle de Oncologia  do Amazonas (FCecon).

Segundo Marden, para cada 100 mil mulheres acometidas no Amazonas, 22,6% são de câncer, e dessas, 1% para cada 100 mulheres são acometidas nos homens.  Ele também destacou dois tipos de prevenção: a primária e secundária. A primeira é a mudança de hábito, na alimentação e a prática de exercícios físicos. A segunda é a mamografia, o autoexame e a procura pelo especialista.

Ele também explica a importância do controle do peso, para que não aumente a produção de hormônios. “Porque na mulher, a gordura periférica produz a androstenediona, e isso é um hormônio que pode facilitar o aparecimento do câncer de mama”, disse.

Os mitos e as verdades

O grande mito relacionado ao Câncer de Mana, de acordo com o médico Marden Araújo, é a dor na mama.  “A relação de câncer inicial e dor é muito pequena, chega a menos de 1%. É um mito que deveria ser levado em conta. A grande verdade é que se você tiver um nódulo indolor, com crescimento rápido, endurecido, com secreção sanguinolenta, ou clara, tipo água de rocha, ela é uma verdade”,alertou, ao ressaltar que durante o tratamento, a paciente tem todo um acompanhamento de multiprofissionais envolvendo psiquiatra, psicólogo, assistente social, ONGs, médico mastologista,  cirurgião plástico, radioterapeuta, quimioterapeuta, todo um arsenal a favor do  paciente.

Um exemplo de superação

A professora Judite dos Santos Ferreira, 61, lotada na Gerência de Educação Escolar Indígena, está de licença médica por conta do tratamento contra o câncer e prestigiou o evento, dando seu depoimento de superação e de como ela encarou a doença.

Ela descobriu que estava com câncer ano passado, após completar 60 anos e detectar um nódulo na mama. “Quando a Seduc realizou, no mesmo período, a palestra sobre o câncer de mama, dos nódulos e perigos na faixa etária dos 55 a 65 anos, eu fiquei preocupada”, declarou a professora e acrescentou que o dia seguinte pediu de sua gerente para fazer os  exames.

“Fui fazer mamografia. Cinco dias depois o médico pediu para eu fazer a biópsia porque eles estavam preocupados com o nódulo. Fiz, e o médico disse que havia 50% de possibilidade de ser câncer”, lembrou. Com o resultado confirmando a doença, ela começou a fazer exames pré-operatórios para a retirada da mama.

“Fiz mastectomia radical, tirei toda a mama porque o nódulo estava com mais de dois centímetros, com esvaziamento de 18 linfonodos  (pequenas estruturas que funcionam como filtros para substâncias nociva), pois da mama pode migrar para os linfonodos, tanto é que um já tinha metástase”,contou.

No dia 5 de janeiro deste ano ela foi submetida ao procedimento de mastectomia (retirada da mama) e no mês seguinte iniciou a quimioterapia. Na próxima semana ela começa as sessões de radioterapia.

“Sou espiritualista e espiritualizada. Se a minha missão já terminou, tenho que me preparar para o grande encontro com Deus. Se não, vou ficar mais tempo e vou ficar curada. Venci. Eu morro é de velhice, não de câncer”, finalizou.

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