
A paralisação do transporte rodoviário no país é resultado direto da política irresponsável de preços de combustíveis da Petrobras sob o governo golpista.
Trata-se de uma crise anunciada e agravada pelo noticiário da Rede Globo e os grandes meios de comunicação criaram no imaginário popular a “crise de abastecimento”, estimulando a corrida aos postos de combustíveis e supermercados, além da especulação com preços dos alimentos. A Globo investe na crise, como fez em 2013 e ao longo do golpe do impeachment de 2016.
O protesto contra a alta dos combustíveis é justo. Foram absurdos 229 reajustes no preço do diesel nos últimos dois anos.

Petrobras reduziu cerca de 30% a produção de combustíveis em nossas refinarias, abrindo o imenso mercado brasileiro para a importação de combustíveis. Nossas importações de derivados norte-americanos subiram de 41% para 82%. Estamos exportando óleo cru, ao invés de refiná-lo aqui mesmo, e comprando combustível mais caro no estrangeiro, que muitas vezes é produzido a partir do nosso petróleo. É uma estratégia suicida, que visa a atrair investidores para a privatização da Petrobras. Um crime contra a economia popular e contra a soberania nacional.
É por isso que o preço do diesel no Brasil está hoje bem acima do preço internacional do produto (56% acima). Atualmente o Brasil está com a segunda gasolina mais cara do mundo, importando cada vez mais combustíveis de grandes petroleiras norte-americanas, como Chevron, Exxon e Shel.
Essa paralisão dos caminhoneiros está sendo avaliada como locaute (quando os trabalhadores param em articulação com os patrões”. Em Manaus, as imagens de postos de combustíveis com filas e outros fechados é a mais contundente prova disso. Pois, no Amazonas produz petróleo, tem uma refinaria em Manaus e seu eventual suprimento de combustíveis quando necessita é feito por navios e não por caminhões. Como então, de uma outra para outra a cidade já está desabastecida e o que explica essa correria para abastecimento nos postos.
Não passa de especulação dos empresários que estão aproveitando da ocasião para vender o mais rápido seus estoques e quem sabe mais tarde aumentar o preço novamente do combustível.