Reforma Tributária propõe mudanças significativas nos tributos sobre o consumo

Haddad entrega projeto de regulamentação - Reprodução/Senado Federal

Entregue ao Congresso Nacional na última quarta-feira (24) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o projeto de regulamentação da reforma tributária propõe uma série de alterações que afetam diretamente a vida dos consumidores.  A expectativa é de que a tramitação seja concluída ainda este ano.


A estimativa da alíquota média dos tributos sobre o consumo na reforma tributária está em 26,5%, podendo chegar a 27,3%, segundo o secretário extraordinário da reforma, Bernard Appy. Na avaliação do economista e professor de finanças públicas Newton Marques, o texto não detalha as alíquotas de forma precisa para os dois impostos que substituirão cinco tributos existentes atualmente: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços).

“Uma das propostas do governo, em parceria com os estados, é reduzir o número de produtos isentos de impostos sobre o consumo na cesta básica nacional, incluindo itens de limpeza e higiene pessoal. A ideia é priorizar alimentos mais consumidos por famílias de baixa renda”, afirmou.

Confira as principais alterações de impacto

O projeto de lei complementar contempla diversas mudanças:

• implementação de cashback para famílias de baixa renda, devolvendo parte dos impostos pagos. As devoluções serão destinadas a produtos como botijão de gás, contas de luz, água, esgoto e outros serviços e produtos, com percentuais variados.

• redução de alíquotas para determinados produtos, como carnes bovinas, suínas, ovinas, caprinas, aves e produtos de origem animal.

• aumento na tributação de produtos específicos, como cigarros, bebidas alcoólicas e açucaradas, veículos poluentes e extração de minérios, como forma de desestimular o consumo desses itens prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

• descontos nos impostos para serviços privados de saúde e educação, visando evitar aumentos nos preços desses serviços.

Combate a desigualdades

No geral, a reforma tributária tem como objetivo combater a desigualdade social e promover uma redistribuição mais equitativa dos recursos. Questionado sobre se a proposta seria capaz disso, o economista Newton Marques afirmou que “sim”.

Fonte: R7

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