Região metropolitana de Belém tem o maior déficit habitacional do Brasil

Pesquisa diz que cidade precisa de 80 mil unidades habitacionais/Foto: Divulgação

Dados de uma pesquisa realizada pela Fundação João Pinheiro, baseada em estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que a região metropolitana de Belém tem o maior déficit habitacional do Brasil. Segundo a pesquisa, para modificar essa realidade serão necessários pelo menos 80 mil unidades habitacionais.


“Essa pesquisa é medida em função de quatro dimensões, que seriam a coabitação de famílias na mesma unidade, o ônus excessivo, o adensamento excessivo e a habitação rústica. Belém assume uma posição muito desfavorável no Brasil todo, mostrando o que nós precisamos em termo de melhoria habitacional”, explica o especialista em habitação da Universidade Federal do Pará (UFPA), José Júlio Ferreira.

Obras públicas que deveriam ser entregues para melhorar a vida da população ainda não foram concluídas e algumas estão paradas. Enquanto isso, os moradores que vivem em áreas sem condições de moradia enfrentam dias muitos difíceis.

“É muito ruim, pois nós passamos cada dificuldade. Às vezes eu tenho que carregar o meu filho porque não tem tabua”, conta a dona de casa Viviane dos Santos, que mora na Vila da Barca e tem um filho cadeirante.

Pesquisa diz que cidade precisa de 80 mil unidades habitacionais/Foto: Divulgação
Pesquisa diz que cidade precisa de 80 mil unidades habitacionais/Foto: Divulgação

Unidades habitacionais

Os moradores da Vila da Barca deveriam ser contemplados com a construção de quase 700 unidades habitacionais. As primeiras 136 foram entregues em 2007, mas ainda falta muito e, parte das obras, virou abrigo de moradores de rua.

“Eles vieram e tomaram conta do espaço. O que era para ser dos moradores da Vila da Barca, hoje é dos moradores de rua”, diz o representante da associação dos moradores, Marcos Contente.

Já no bairro do Guamá, há centenas de apartamentos que não foram entregues a quem deveria ser beneficiado com o projeto de macrodrenagem da bacia do Tucunduba. A previsão é que apenas 288, do total de 2.336 unidades fiquem prontas até o fim de dezembro.

“Nós estamos atrasados por vários motivos: essa é uma obra que vem há bastante tempo. Teve uma invasão que durou mais de um ano e meio e depois teve um processo licitatório novo. Também temos que esperar o desenvolvimento de outras obras para poder fazer o nosso trabalho”, explica a presidente da Cohab, Lucilene Ferinha.

Em relação às obras da macrodrenagem do Tucunduba, o Governo do Estado informou que foram empregados mais de R$145 milhões na obra e que já foram executados 54,33%. O governo informou também que mais de mil pessoas recebem aluguel social e 51 pessoas recebem cheque moradia. As pessoas que não foram beneficiadas não cumpriam requisitos necessários.

Fonte: Jornal Floripa

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