Ronda no Bairro leva projetos sociais aos bairros de Manaus

Ronda no Bairro e o projeto Viver Melhor/Foto: Roberto Carlos

Ronda no Bairro e o projeto Viver Melhor/Foto: Roberto Carlos


Programa Ronda no Bairro e o projeto Viver Meoto: Roberto Carlos

O conceito de polícia comunitária, trabalhado no programa Ronda no Bairro, tem como efeito criar novos projetos sociais, frutos da integração de policiais e comunitários.

É o caso de iniciativas implantadas no bairro Santa Etelvina e no residencial Viver Melhor, no bairro Lagoa Azul, ambos na zona norte de Manaus. Graças à atuação de policiais da 26ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), crianças e adolescentes dos dois bairros participam de projetos esportivos que incluem, além de aulas de futebol e futsal, noções de cidadania.

O objetivo dos projetos é oferecer uma alternativa que retire crianças e adolescentes das ruas, evitando a ociosidade e, consequentemente, o envolvimento com práticas criminosas. No conjunto residencial Viver Melhor, o projeto começou a funcionar há três meses e hoje já conta com aproximadamente 150 meninos, entre sete e 17 anos. Dois moradores voluntários e outros dois policiais militares atuam como instrutores e treinam os meninos. Atualmente são oferecidas aulas de futebol, futsal e, futuramente, também serão ministradas aulas de MMA.

O programa é executado de segunda à sexta-feira, das 17h00 às 22h00, em uma das quadras construídas no conjunto e as turmas são divididas pela faixa etária. Os mais novos têm aulas das 17h00 às 19h00 e os mais velhos, das 20h00 às 22h00.

De acordo com o soldado Leandro Fontes, um dos instrutores militares do projeto, não são apenas ensinadas práticas esportivas. Os alunos recebem também noções de cidadania. “Todo dia, depois dos treinos, nós temos uma conversa com as crianças, passamos noções de civismo e disciplina”.

O soldado também explica que, mensalmente, será realizada uma reunião com os pais de alunos para saber como está o rendimento escolar de cada um. A iniciativa pretende acompanhar o desenvolvimento dos meninos na escola, evitando a evasão escolar e incentivando os estudos, além de estreitar os laços entre polícia e comunidade.

Segundo o tenente Diego Paiva, responsável pela implantação do projeto, a ideia de oferecer atividades esportivas surgiu ao se verificar a necessidade de encontrar uma ocupação para as crianças, que normalmente eram encontradas brincando nas ruas do conjunto. “Aqui existe um número muito grande de crianças e adolescentes e percebemos a necessidade fazermos algo para evitar que se envolvessem em situações de perigo”.

Diego ressalta que, mesmo com pouco tempo de funcionamento do programa, já é possível observar uma mudança no comportamento dos alunos. A mesma opinião é compartilhada pela manicure Inês Castro, mãe de Arthur de sete anos, que frequenta o projeto diariamente. “Hoje ele está mais obediente. Não só ele, mas os outros meninos também. Eles estão mais educados, respeitam mais as pessoas. Acho esse projeto muito importante”.

Morando no residencial há quase um ano, a dona de casa Carla Maia, 34 anos, e mãe de cinco filhos, considera a iniciativa positiva e uma forma de melhorar a segurança no local. O filho mais novo, Isac, 9 anos, foi matriculado no projeto. Para a dona de casa a ação era aguardada há algum tempo. “Eu acho essa ação importantíssima, principalmente porque as crianças chegavam da escola e não tinham nada para fazer, ficavam presas dentro do apartamento. Já foi possível sentir uma mudança com a polícia mais presente aqui no conjunto”.

Primeiro núcleo – O primeiro projeto foi implantado em março de 2013, em Santa Etelvina e batizado de Santa Bola. Lá, os policiais militares da 26ª Cicom aproveitaram a escolhinha de futebol que já existia e, junto com comunitários, ampliaram o programa. No local, crianças e adolescentes treinam futebol e têm aulas de cidadania, também ministradas por instrutores voluntários da comunidade e policiais da área.

 


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