RR: ladrões invadem Museu por noites seguidas

Desde o começo desta semana, ladrões têm invadido o prédio do Museu Integrado de Roraima (MIRR), localizado no Parque Anauá, no bairro dos Estados, zona Norte. Os infratores furtaram material do acervo de artesanato indígena, além de peças de ar-condicionado e informática, conforme relatos de funcionários. O prédio, administrado pelo Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação (Iacti), possui condições estruturais precárias e não tem qualquer tipo de vigilância.


Uma das funcionárias do museu, que preferiu não se identificar, relatou que os ladrões entraram no prédio provavelmente nas madrugadas de domingo e voltaram nos demais dias até quinta-feira, 21. Eles arrombaram as janelas de madeira e fizeram desmanche de centrais de ar. “Deixaram as carcaças abertas e levaram as peças de cobre. Também mexeram nos materiais do acervo e levaram alguns colares indígenas, pelo que vimos”, disse a servidora.

A preocupação dos trabalhadores é que os casos são recorrentes no museu, o que provoca prejuízos incalculáveis ao acervo cultural e histórico guardado no local. “Já vêm acontecendo roubos há bastante tempo no museu. O problema é que só nessa semana aconteceram em todos os dias e ninguém toma nenhuma providência”, criticou outro funcionário, que ainda questionou: “Vamos virar fregueses de ladrões? Os equipamentos caros e principalmente a história e a cultura do Estado vão estar sempre a ponto de serem perdidos só porque o poder público não dá uma resposta?”.

A janela que foi quebrada na madrugada de segunda-feira foi tapada por um dos funcionários do lugar. No entanto, a proteção improvisada não foi suficiente para impedir que os infratores posteriormente entrassem através de outros dois arrombamentos em salas diferentes. Os funcionários explicaram que fizeram o transporte de parte do acervo para o Prédio de Coleções do Museu, situado ao lado da construção original, que tem mais de 30 anos de existência.

“Eles roubaram os colares indígenas e um quadro. Mas o interesse maior foram os eletrônicos. Tiveram até tempo para abrir algumas CPUs de computadores e tirar os switches de internet, além das centrais de ar. A gente tem certeza de que é um grupo de pessoas que sabe o que está fazendo”, afirmou um servidor.

(Folha BV)

Artigo anterior‘Consultores’ da Lava Jato multiplicaram seus bens, em até 97 vezes
Próximo artigoSilvio Santos não aceita fazer propaganda da Friboi

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui