Seca está chegando a Manaus com reflexo em 59 dos 62 municípios do Amazonas

Seca dos rios Tefé e Solimões – Tefé-AM, vem mudando a paisagem em toda região – foto: redes sociais/recorte

O Rio Negro, em Manaus, está baixando uma média de 23 centímetros por dia; 59 dos 62 municípios do Amazonas já sentem os reflexos da estiagem.


No Amazonas, a seca já está prejudicando a navegação e o abastecimento na maioria dos municípios.

Para alcançar as embarcações em um porto flutuante de Manaus só com auxílio de uma ponte. O cenário impressiona; onde passava o rio, ainda há o espelho d’água, mas muita terra e lama. Nesta área, centenas de pessoas circulam todos dias vindo e indo para comunidades ribeirinhas, gente que, neste momento, enfrenta as dificuldades da seca dos rios.

Rios do Amazonas estão secos – foto: recorte/redes sociais

Seu Everaldo passou três dias em Manaus para cuidar da saúde e comprar comida. Na volta para a comunidade ribeirinha onde mora, um imprevisto: o canal de navegação estava mais seco. Foi preciso desencalhar o barco várias vezes até chegar na parte funda do rio.

“Espero a chuva, a gente conta com a chuva. Não está fácil”, lamenta o agricultor Everaldo da Costa.

O cenário de agora nem se compara com a situação vivida durante a cheia, em maio deste ano. O Rio Negro, em Manaus, está baixando uma média de 23 centímetros por dia.
Na orla da cidade onde, na cheia, a margem do rio encosta na calçada, a faixa de terra está grande. Um desafio para os carregadores.

“Com o rio seco fica tudo mais difícil. Porque quando o rio está alto assim, a gente só faz embarcar. Agora, quando está seco, a gente tem que passar essa luta aí”, diz o carregador Mateus Albuquerque.

Cinquenta e nove dos 62 municípios do Amazonas já sentem os reflexos da estiagem. O município de Tefé decretou situação de emergência.

Seca atingem os Rios do Amazonas prejudicando municípios e a navegação – foto: recorte/redes sociais

Seca no AM: sobe para três o número de municípios em situação de emergência

A seca criou bancos de areia ao longo do Rio Solimões. Dá para atravessar a pé de um lado para o outro. As embarcações maiores que abastecem o interior não conseguem navegar.

“A questão básica de alimentos e o consumo de água potável é o nosso grande gargalo, principalmente a água potável. Como vai chegar o acesso às residências? , questiona Edivilson Braga, coordenador da Defesa Civil de Tefé.

Manacapuru, na Região Metropolitana de Manaus, enfrenta uma das piores secas da história do município. O Serviço Geológico do Brasil disse que não há previsão de quando os rios devem parar de baixar.

“A gente vê com preocupação. Isso tem acontecido em vários locais e nosso papel é justamente esse.Ter informação, servir informação à sociedade, para que a gente possa se preparar para esses eventos, tanto de cheia quanto de seca, e ir aprendendo a conviver com eles”, explica Flávio Castro, coordenador da Rede Hidrometeorológica.

G1

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