Washington, 10 abr (EFE).- A secretária de Saúde dos Estados Unidos, Kathleen Sebelius, renunciou ao cargo justo quando a reforma da saúde pela qual batalhou nos últimos cinco anos alcançou os 7,5 milhões de inscritos após os erros iniciais.
Segundo antecipou o jornal “The New York Times”, que cita fontes oficiais anônimas, o presidente Barack Obama já aceitou a renúncia e amanhã anunciará a designação da diretora do Escritório de Gestão do Orçamento (OMB) da Casa Branca, Sylvia Mathews Burwell, como substituta de Sebelius.
A imprensa local informou que espera-se que Sebelius, cuja renúncia vinha sido pedida há meses pelos republicanos sem sucesso algum, confirme também oficialmente sua saída nesta sexta-feira.
A secretária de Saúde e Serviços Sociais tinha anunciado hoje mesmo perante um comitê do Senado que o número de inscritos nos seguros médicos privados da reforma da saúde conhecida como “Obamacare” já alcançou pelo menos 7,5 milhões de pessoas, 400 mil a mais que as anunciadas na semana passada pelo próprio Obama.
Na ocasião, Obama comemorou como um triunfo o número inicial de 7,1 milhões de inscritos, superior ao objetivo de 7 milhões colocado inicialmente pela Casa Branca e que parecia irrealizável devido aos vários problemas no site de seguros durante suas primeiras semanas de funcionamento.
O “NYT”, que cita fontes do governo, informou que Sebelius, de 65 anos, não foi forçada a renunciar, e que sua saída do gabinete de Obama foi uma decisão pessoal.
No entanto, acrescenta que a frustração da Casa Branca por seu desempenho no cargo era cada vez mais clara e havia assessores próximos a Obama que temiam que os problemas no sistema de inscrição do novo programa de saúde pudessem prejudicar gravemente a gestão do presidente. EFE
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