Seita católico-messiânica ressurge em mais de 170 aldeias da Amazônia

O pregador José Francisco da Cruz fundou a Missão da Ordem Cruzada, Católica, Apostólica e Evangélica – ou simplesmente Irmandade da Santa Cruz- em 1972, mas a igreja quase foi extinta após a morte de seu líder espiritual.


Segundo o UOL, o retorno da religião acontece atualmente de forma enfática na região amazônica: mais de 170 comunidades voltaram a seguir os dogmas, que incluem restrições severas a festas e a bebidas alcoólicas e aos direitos das mulheres.

Representada por uma cruz vermelha com 14 metros de altura, com as iniciais RDSM (Recordação da Santa Missão) e a data de fundação de cada irmandade, gravada em números brancos, a igreja possui dogmas rígidos. O dízimo de 10% de toda a renda é compulsório e vai para a igreja. Aqueles que não tiverem renda, contribuem com seus bens, como rádio, animais de estimação ou alimentos, sempre da ordem de 10% dos bens da casa. Quem ainda assim não tiver nada, dá seu próprio trabalho.

A Missão da Ordem Cruzada, Católica, Apostólica e Evangélica – ou simplesmente Irmandade da Santa Cruz – cresce a passos largos entre as comunidades indígenas do Alto Solimões, especialmente nas etnias ticuna e cocama, no Amazonas. A congregação se espalha em mais de cem pequenas aldeias entre os municípios de Tabatinga e Tefé. “A gente pode se pintar, mas bem pouquinho. Quando está nos dias [menstruada], não nos deixam entrar na igreja “, descreve a indígena cocama Tirça Penedo Felipe, de 32 anos.

reli”Na época em que chegaram aqui, mulher não podia falar com homem. Se falasse, tinha que ficar de joelhos toda a madrugada. Isso não existe mais, mas as congregadas ainda não podem usar calças compridas e nem deixar os cabelos soltos”, relata a ticuna Elisabeth Perez de Souza, de 52 anos.

(NOTÍCIAS AO MINUTO)

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