Será que nosso Carnaval terá um fim seguro (algum dia)? – por Vanessa Chiarelli

Vanessa Chiarelli, no detalhe maior - foto: divulgação/montagem

O Carnaval brasileiro, uma das maiores festas do mundo, é um espetáculo de cores, ritmos e alegria contagiantes. No entanto, por trás da fantasia e da celebração, há uma realidade que muitas vezes passa despercebida: a questão da segurança dos foliões.


Durante os dias de folia, o país foi palco de uma série de incidentes que expuseram a fragilidade dos protocolos de segurança e organização dos eventos carnavalescos. Em Salvador, no circuito Barra-Ondina, o desabamento da área externa do Camarote 409 trouxe à tona preocupações sobre a estrutura e a capacidade de suporte dos espaços destinados aos foliões.

Trios Elétricos nas ruas do Rio de Janeiro – foto: recorte/recuperada

Enquanto isso, os trios elétricos, tradicionais símbolos da festa baiana, não escaparam dos problemas técnicos, como os incidentes no trio de Ivete Sangalo, que quase tombou e teve vazamento na mangueira de gás carbônico, resultando em ferimentos leves em duas pessoas.

No Rio de Janeiro, no emblemático Sambódromo da Sapucaí, a situação não foi diferente: o camarote Lounge Sapucaí foi alvo de críticas após ser flagrado armazenando alimentos de forma imprópria e em um banheiro, evidenciando uma falha grave nos padrões de higiene e segurança alimentar. Esses episódios levantam questões urgentes sobre a fiscalização e a regulamentação dos serviços oferecidos durante o Carnaval.

Além dos problemas nos circuitos oficiais, os blocos de rua enfrentam seus próprios desafios, incluindo o calor intenso que levou dezenas de foliões a procurarem atendimento médico. A falta de estrutura para lidar com condições climáticas adversas revela uma lacuna na preparação e no planejamento dos eventos.

Diante desses acontecimentos, é imperativo que as autoridades, os organizadores e os participantes do Carnaval brasileiro assumam um compromisso conjunto com a segurança. Medidas mais rigorosas de fiscalização, investimentos em infraestrutura e conscientização sobre os riscos são essenciais para garantir que a festa continue sendo uma celebração segura e inesquecível para todos.

É hora de aprender com os erros do passado e trabalhar em conjunto para promover uma cultura de segurança e responsabilidade em todos os aspectos do Carnaval brasileiro. Somente assim poderemos preservar essa tradição tão amada e garantir que as futuras gerações possam desfrutar dessa festa emblemática em toda a sua plenitude.

E que no próximo ano, o nosso Carnaval tenha um fim, mas com a sensação de que foi um evento incrível e aprendeu com os erros do passado.

*Vanessa Chiarelli – Diretora executiva da Bop Comunicação

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