Sindarma reúne com a Delegacia Fluvial sobre ataques de ‘piratas’ no Amazonas

Transporte de cargas ameaçado pela pirataria no Am/Foto: Arquivo

O Sindicato das Empresas de Navegação no Estado do Amazonas se reunirá com a Polícia Civil, hoje (02), à tarde, em Manaus, com a participação de representantes da entidade sindical e empresários do setor, na Delegacia Fluvial, com o objetivo de cobrar da Polícia Civil a identificação e prisão dos criminosos (piratas), que atuam nos rios que banham o Amazonas.
O caso mais recente foi o furto de uma balsa de 400 toneladas, na madrugada no último dia 28. A embarcação estava atracada em uma boia de atracação no Rio Negro, no bairro Santo Antônio, na Zona Oeste da capital.


A embarcação nominada “Golfinho 7”, que é avaliada em R$ 300 mil estava atracada em uma boia no Rio Negro a 500 metros de distância da margem esquerda do rio, trecho próximo à avenida Padre Agostinho Caballero Martin. No local havia também outras balsas. A balsa furtada pertence a empresa de navegação Francis José Chehuan & Cia Ltda, que atua com o transporte fluvial de combustíveis e carga geral.

O setor de navegação tem sido alvo de criminosos nos rios, que são chamados de piratas. Os ataques ocorriam com maior frequência em trechos de rios no interior do Amazonas e em áreas mais isoladas. As quadrilhas agora também atuam na região urbana de Manaus.

A insegurança tem afetado o transporte fluvial de passageiros e cargas no Amazonas. Somente no ano de 2014 foram registrados 71 casos de furtos e roubos em embarcações na região de Manaus. De janeiro a março deste ano, 38 ações dos mesmos tipos de crimes ocorreram em áreas ribeirinhas da capital. Os dados são da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP). O número de crimes tendo embarcações como alvos preocupa o Sindarma, que alerta sobre a necessidade de medidas governamentais para coibir as ações criminosas.

As empresas de navegação do Amazonas cobram a discussão de mecanismos para promover a segurança das tripulações. Uma das sugestões do Sindarma é que seja criada uma Polícia Fluvial ostensiva para coibir a ação de piratas e o tráfico de drogas nos rios, que banham os estados do Norte do país.

No último dia 26, os ataques de piratas e os furtos de combustíveis transportados por embarcações em rios da Amazônia foram debatidos durante reunião, em Manaus. Um comitê, composto por empresários de transporte fluvial de cargas e entidades, será criado para articular ações que possam combater os crimes no Amazonas, Rondônia e Pará.

Delegacia Fluvial

No Amazonas, a Polícia Civil conta com uma Delegacia Fluvial, mas na estrutura de segurança pública do estado não há um grupamento especializado de policiamento ostensivo com foco nos crimes em rios.

A Delegacia Fluvial foi inaugurada em 2006 e sua jurisdição abrange todo o estado. Entretanto, a principal embarcação da especializada fica atracada em Manaus e somente durante eventos populares segue para municípios do interior do estado.

A delegacia funciona em um ferry boat e conta ainda com duas pequenas lanchas. O efetivo da Delegacia Fluvial tem apenas um delegado, sete investigadores, um motorista policial e alguns tripulantes do setor de manutenção. O delegado titular da Delegacia Fluvial é Rafael Costa e Silva.

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