Propostas dos sindicatos e movimentos sociais para o Amazonas
Há muito os movimentos sociais e sindicais vêm propondo três vias de desenvolvimento, que podem mudar as relações sócio econômicas e de saúde da população do Amazonas.
O Amazonas é maior que muitos continentes do mundo, os nossos rios são os maiores do mundo, assim como, as nossas dificuldades são do tamanho da Amazônia. Contudo, sabemos o que queremos, como fazer e onde queremos chegar, além de ter conhecimento para isso.
Conhecemos do processo industrial fabril até a produção rural da agricultura familiar às margens das Calhas dos Rios Juruá, Purus, Alto Solimões, Médio Solimões, Rio Negro, e Baixo Amazonas, onde moram os ribeirinhos e comunidades interioranas do Estado.
Indústria
Sobre isso, os trabalhadores do segmento industrial e de serviços querem dizer ao presidente Lula e ao ministro do Trabalho e Emprego e da Previdência Social, Luiz Marinho, que está passando da hora dos órgãos federais implantar medidas rígidas de fiscalização no Polo Industrial de Manaus (PIM), onde acontecem as maiores atrocidades, com o consentimento velado de gestores desinteressados pelo bem estar e saúde dos trabalhadores.
O Amazonas tem milhares de pessoas doentes por atividade repetitiva, trabalhando até 08 horas/dia, quando a Lei determina somente 06 horas/dia.
A sobrecarga de trabalho e adoecimento no Polo Industrial de Manaus é algo que passou de todos os limites e não podemos mais tolerar.
Evidente, que o presidente e o ministro do Trabalho, têm projetos e propostas para regular o setor, já anunciaram isso, mas, certamente, enfrentarão resistências e terão de contar com os sindicatos para vencer essa árdua luta.
Placa Solar
Os amazonenses sabem como fazer, tem ideias e propostas de industrialização da agricultura familiar, além de propor o programa inédito da placa solar para todos os cidadãos do interior do Amazonas, mesmo onde houver o Luz Para Todos.
Será a revolução industrial da agricultura familiar. A ‘Placa Solar para Todos’, nos locais onde não tem e onde tem o ‘Luz Para Todos”, certamente impulsionará a economia local, vai contribuir para o armazenamento do pescado, conservar a produção cítrica, frutífera, pastoril, reduzindo assim, a dependência de grandes centros comerciais.
Neste contexto, os sindicatos, os movimentos sociais, as centrais sindicais sugerem a sinalização dos Rios, incentivar estaleiros a fabricar barcos de alumínio, criar frigoríficos móveis para armazenamento do pescado e para a produção frutífera da região através da Placa Solar Para Todos.
Essa é a proposta da Central Única dos Trabalhadores para a Amazônia, para a Região Norte e para o Brasil. Propostas para o desenvolvimento da região amazônica.
Sobre tudo isso, a fiscalização rígida para o cumprimento das Leis do Trabalho, de forma que não continue acontecendo os rotineiros excessos.
Valdemir Santana é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, da CUT-Amazonas e do Diretório Municipal do PT-Manaus.