A Secretaria Estadual de Saúde (Susam) conclui nesta sexta-feira (31) a campanha alusiva ao Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais, que teve início na última segunda-feira (27). As atividades de encerramento acontecerão na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), a partir das 8h30, com a realização de palestras, distribuição de preservativos e de material informativo sobre a doença e, também, a realização de testes rápidos para detecção da Hepatite C.O secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, destacou a importância das campanhas que têm a finalidade de levar informação à população, a fim de reforçar as medidas preventivas e a busca pelo diagnóstico precoce de doenças como as Hepatites, que ainda têm incidência expressiva no cenário epidemiológico brasileiro e na região, em especial. No Amazonas, foram registrados 541 novos casos de Hepatites, no período de 1º de janeiro a 15 de julho deste ano, conforme o Sistema de Notificação de Agravos (SINAN).
Para a realização da campanha, que ocorreu na capital e nos municípios do interior do Estado, a Susam, em parceria com o Ministério da Saúde, disponibilizou 1,2 milhão de preservativos, 10 mil cartazes e 60 mil folders informativos.
Em Manaus, a campanha contou com o apoio e participação de parceiros governamentais e não governamentais, entre eles a Secretaria Estadual de Juventude Esporte e Lazer/Programa Galera Nota 10, Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Núcleo de DST/Aids e Hepatites Virais da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Secretaria de Justiça Direitos Humanos e Cidadania, Serviço Social do Comercio SESC e Organizações da Sociedade Civil (Fórum de OSC AIDS, Fórum LGBT e Rede de Amizade & Solidariedade as Pessoas Vivendo com HIV/Aids).
A coordenadora estadual de DST/Aids e Hepatites Virais, infectologista Silvana Lima, ressalta que no Brasil e no mundo as hepatites virais ainda se constituem num problema de saúde pública. Causadas pelos vírus do tipo A, B, C, D e E, as hepatites são doenças que atacam o fígado, um dos órgãos mais importantes do corpo humano. “Os tipos considerados mais graves – B, C e D – podem ser transmitidos por meio da relação sexual desprotegida, transfusão de sangue e derivados contaminados, uso de drogas, compartilhamento de seringas agulhas, escova de dentes, lâmina de barbear e outros objetos, aleitamento materno e transmissão vertical (de mãe para o bebê, durante o parto)”, destacou Silvana.
Outros indicadores – Entre os anos de 1975 a 2015, foram confirmados 8.538 casos da doença no Amazonas, sendo 3.416 do tipo A, 2.825 do tipo B, 1.662 do tipo C e 635 do tipo D. As maiores incidências foram nos municípios de Manaus, Eirunepé, Coari, Atalaia do Norte, Lábrea, Boca do Acre, Guajará, Manacapuru, Fonte Boa e São Paulo de Olivença.
