Temperatura deve passar de 40ºC em Paris, e incêndios devastam sul da França

Foto: Reprodução

A forte onda de calor que atinge parte da Europa Ocidental e já deixou mais de mil mortos avança na França, onde as temperaturas altas se deslocam para o leste, e os incêndios florestais continuam a consumir a costa atlântica do país. Nesta terça-feira (19), a temperatura em Paris deve ultrapassar 40°C, uma marca rara na cidade, que é pouco preparada para o calor.


Enquanto isso, incêndios seguem ativos no país. Em Landiras, no sudoeste, a promotoria anunciou que um homem foi detido como parte da investigação sobre a origem do fogo. No final da tarde de segunda-feira (18), um novo foco foi deflagrado em Vensac, no Médoc, o que consumiu 70 hectares de vegetação.

A Météo France, serviço nacional de meteorologia, suspendeu hoje a “vigilância vermelha” de 15 departamentos da costa atlântica da França, no oeste do país. A agência também alertou que tempestades violentas ocorrerão ao longo do dia nas regiões dos Altos-Pirineus e de Béarn.

Na região da Gironde, no sudoeste, o combate ao fogo continua complicado. Mais de dois mil bombeiros de toda a França, apoiados por recursos aéreos significativos, estão mobilizados contra os dois incêndios gigantes que queimaram 4.700 hectares de floresta em La Teste de Buch e 12.000 hectares em Landiras, de acordo com as últimas informações das autoridades de Gironde na segunda-feira à noite.

Dezesseis mil pessoas tiveram que de deixar a área ontem por causa do calor escaldante de mais de 40°C, elevando para 36 mil o número de pessoas que abandonaram suas casas ou alojamentos de férias.
Habitantes e turistas fogem do fogo

Vários vilarejos, como Villandraut, com pouco mais de mil habitantes, estão vazios, apesar da temporada estival de férias. Dois policiais e um representante da prefeitura vão de casa em casa, para pedir às pessoas que deixem a área.

“Estou empacotando tudo da melhor forma possível, não temos nem caixa de transporte para o gato”, descreve uma jovem à RFI, apressando-se a colocar algumas bagagens no porta-malas do carro. Apesar da partida precipitada, ela entende a decisão das autoridades: “Infelizmente temos de partir, mas poderia ser outra pessoa, outra família”.

Magali, outra residente, fez as malas às pressas. Ela descobriu no site da prefeitura que precisava sair o mais rápido possível. Ela admite estar um pouco assustada. “Digo para mim mesma: se for só a fumaça, tudo bem, mas e se o fogo vier?”, questiona.

Mas nem todos estão dispostos a deixar suas casas. “Eu não vou embora. Eu tenho muitos animais, quem vai me ajudar?“, repreende uma senhora idosa.
Esta terça-feira também será complicada: mesmo que o alerta vermelho de calor tenha sido levantado no departamento, o calor ainda estará presente e o vento não facilitará a tarefa dos bombeiros.

Fonte: G1

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