
A ordem de despejo do prédio da Federação dos Trabalhadores na Agricultura – Fetagri-AM, pode bater às portas da instituição trabalhista a qualquer momento. A desocupação do prédio pode deixar mais 59 sindicatos filiados desabrigados e uma esteira de problemas a ser enfrentado após o fechamento da Sede da Instituição.
Para evitar a ordem de despejo, a atual direção tem que desembolsar a astronômica importância de R$ 250 Mil, a título de pagamento de dívida de empréstimo, acrescido de juros de mais de 10 anos. A decisão, em segunda instância, sentencia a Fetagri a pagar a importância de R$ 250 Mil ao funcionário público federal senhor Paulo Viana, caso não queira perder a sede.
A sentença Judicial, em segunda instância, está preocupando agricultores e dirigentes sindicais em todo o Estado, entre eles a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Careiro Castanho, Lúcia Nicacio e o agricultor José Caldeira (Zezinho).
Eles disseram que a dívida inicial era de R$ 40 Mil referente a um empréstimo feito para o pagamento de projeto sócio ambiental, mas que saiu do controle da instituição ao longo desse tempo. Esse empréstimo foi feito mediante anuência e assinatura do atual tesoureiro da Fetagri, José Alfredo Pontes, que pode informar que tipo de negócio foi feito com o senhor Paulo Viana, na época.
A omissão da direção da Fetagri, segundo a dirigente sindical, teve o efeito nocivo, quando deixou passar o tempo sem cobrar do advogado da Fetagri o andamento do processo, que tem nos seus autos, comprovantes de recibos de empréstimos a juros, assinados pelo senhor Paulo Viana, comprovando a prática de agiotagem.
Para concretizar a ordem de despejo, só falta uma sentença da Justiça Federal, “que também está andando a galope”, lamenta o agricultor Zezinho.