Usain Bolt: Me desculpem caras, mas é a última vez…a última”

Bolt na despedida das pistas/Foto: Reprodução
Bolt na despedida das pistas/Foto: Reprodução
                                   Bolt na despedida das pistas/Foto: Reprodução

Há 12 anos, quando iniciou sua carreira olímpica em Atenas, Usain Bolt não pensava o que aconteceria em sua trajetória. Ali, ele foi eliminado na primeira bateria dos 200 m rasos: uma contusão o impediu de ir além do 5º lugar. Em 2016, ele fecha seu ciclo olímpico com nove medalhas de ouro e um aparentemente inalcançável tricampeonato olímpico nas três principais provas de velocidade.
O jamaicano classifica como “inacreditável” obter o mesmo feito três vezes. “Quando eu estava crescendo eu só queria brincar. Com o passar do tempo fui ganhando ouros, foi ficando melhor e estou aqui agora”; contou.


Aos 21 anos, no auge físico, Bolt teve sua melhor Olimpíada em Pequim-2008 quando bateu os recordes dos 100 m e 200 m, além do revezamento. Quatro anos mais tarde, em Londres-2012, repetiu as vitórias com larga vantagem sobre os rivais. No Rio-2016, fechou sua carreira perfeita com mais três ouros.

No caminho, enfrentou contusões, rivais surgindo e sumindo, seus erros como a queimada de largada no Mundial de Daegu. Enfrentou tudo limpo, sem nunca ter sido flagrado por exames antidoping, ao contrário de rivais. “Foi suor e lágrimas”, explicou sobre os treinos.

Esse sacrifício se explica pelo gosto de Bolt pela competição, por vencer. É na pista com a multidão e no momento de maior pressão que ele se sente melhor. Isso, no palco olímpico, acabou para o jamaicano, o que desperta contradições dentro dele.

“É um sentimento misturado. É um alívio pelos anos de estresse que eu vivi com problemas de lesão. Foi tanta coisa. Mas também estou triste porque essa é minha última. São tantos sentimentos misturados”, descreveu.

Mas Bolt deixa o atletismo sem decepções. A única coisa que pode afeta-lo não está no seu controle: seu ex-companheiro de revezamento Nesta Carter foi pego em exame em Pequim-2008 e por isso ele pode perder um de seus ouros do revezamento 4×100 m. “Eu provei muitas e muitas vezes que estou limpo. Eu vou ficar desapontado, mas é a vida. Você não tem controle sobre todo mundo”, analisou.

Bolt ainda tem que encontrar motivação para correr por mais uma temporada como combinado com seu agente. Entrará de férias e depois voltará aos treinos em novembro.

“Será difícil me motivar e voltar. Eu tenho mais um ano para correr e vou sempre fazer o meu melhor”. Não há mais chance de mudar sua posição de aposentadoria olímpica como fez após Londres-2012.

“Essa é a última vez. Me desculpem caras, mas é a última”, disse aos repórteres ao se despedir.(UOL)

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