Vaquinha para ajudar entregador que apanhou no Rio arrecada mais de R$ 225 mil

Max Angelo — Foto: Reprodução/TV Globo

O sonho do entregador Max Angelo Santos, que foi agredido por Sandra Mathias Correia de Sá, está perto de se concretizar. Uma vaquinha virtual criada para ajudá-lo a sair do aluguel e comprar uma casa própria já arrecadou mais de R$ 225 mil até as 20h30 deste domingo (16).


A iniciativa, que tem o apoio do apresentador Luciano Huck e do ator João Vicente de Castro, já superou a meta, que era conseguir R$ 190 mil.

Max Angelo é morador da Rocinha e trabalha na informalidade como entregador há um ano e meio, desde quando perdeu emprego de carteira assinada. Ele é casado e tem três filhos.

Desde as ofensas e agressões que sofreu em São Conrado, na Zona Sul do Rio, tem dificuldades de voltar ao trabalho. Ele contou que apanhou “como se fosse um escravo”.

Em um vídeo, Sandra pega a guia da coleira do cachorro e dá uma espécie de chicotada nas costas de Max. Na gravação, é possível ver ela reclamando que os entregadores andam de moto sobre a calçada.

Um outro vídeo, mostra o momento em que Sandra também discute com a entregadora Viviane de Souza e morde sua perna enquanto ela se pendura em uma grade.

Sandra discutindo e mordendo a entregadora Viviane  — Foto: Reprodução
Sandra discutindo e mordendo a entregadora Viviane — Foto: Reprodução

▶️ Como ocorreram as agressões cometidas pela ex-atleta? No domingo de Páscoa, cinco dias depois de ter xingado motoboys na Estrada da Gávea, Sandra estava passeando com o cachorro em quando voltou a se desentender com entregadores e cuspiu neles. A ex-atleta discutiu com uma mulher que fazia parte do grupo e mordeu a perna dela. Na sequência, partiu para cima de um dos profissionais, que é negro, chicoteando-o com a guia do cão.

▶️ Quem são as vítimas? A primeira pessoa a sofrer agressões no domingo foi a entregadora Viviane Maria de Souza que não revidou e afirma: “Ela me xingou de lixo, de favela, de um monte de coisa”. Já Max Angelo dos Santos levou um soco na cabeça, antes de ser chicoteado. Ele diz: “Ela me tratou como se eu fosse um escravo”.

▶️ Quem é a agressora? Ex-jogadora de vôlei de praia, Sandra é dona de uma escolinha que oferece aulas da modalidade a crianças na Praia do Leblon e trabalhou como nutricionista em clínicas do Rio. A mulher tem passagens anteriores pela polícia por lesão corporal, injúria e ameaça, furto de energia e fraude em licitação.

▶️ Onde ocorreram as agressões? Em frente a uma loja que serve de base para uma plataforma de entregas – os motoboys circulam pela região para retirar pedidos. Na mesma calçada, fica o prédio em que Sandra mora.

▶️ Como foi a briga anterior às agressões de domingo? Na terça-feira (4), depois de alegar que motoboys trafegam pela calçada, Sandra intimidou uma funcionária da mesma loja. Max, que gravou o bate-boca, afirma: “Ela [a ex-atleta] intimidou a menina que trabalha na loja a dar o telefone do responsável para obter meu registro e meu nome. Falou que iria me ferrar e me colocar na cadeia”.

▶️ Quais as reações à atitude de Sandra? A Prefeitura do Rio suspendeu o funcionamento da escolinha de vôlei da qual ex-atleta é sócia. Já o advogado do condomínio onde ela aluga um apartamento afirmou que vizinhos querem expulsar a moradora do prédio. E a Comissão de Ética do Conselho Regional de Nutrição abriu um processo administrativo contra Sandra.

▶️ O que diz a defesa da ex-atleta sobre o atestado apresentado para justificar a ausência no depoimento? “Ela está com várias lesões”, afirmou o advogado Roberto Duarte Butter. Perguntado sobre a linha de defesa da cliente, declarou: “Vocês vão se surpreender”.

g1

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