Vaticano suaviza discurso sobre armazenamento de cinzas dos mortos

Foto: Recorte

O Vaticano determinou nesta terça-feira (12) que uma pequena parte das cinzas de uma pessoa que morreu pode ser armazenada em um local que era importante para ela, não apenas em uma igreja ou em um cemitério. A decisão representa uma mudança de posição da Santa Sé sobre o tema.


Na orientação anterior de 2016, o Vaticano disse que as cinzas deveriam ser mantidas em “lugares sagrados” e, portanto, nem em casa, nem divididas entre membros da família nem espalhadas ao vento.

A Santa Sé advertiu que um funeral cristão poderia ser negado para aqueles que pedem que as cinzas sejam espalhadas.

O escritório doutrinário do Vaticano disse nesta terça-feira (12) que essas instruções permanecem válidas, mas acrescentou que os parentes podem pedir “uma parte mínima das cinzas de seu parente (a ser armazenado) em um lugar de significado para a história da pessoa falecida.”

Isso seria na condição de que práticas anticristãs como panteísmo ou naturalismo sejam “descartadas” e que a parte restante das cinzas seja mantida em um lugar sagrado, disse o Dicastério para a Doutrina da Fé.

Manter cinzas em um lugar sagrado “garante que elas não sejam excluídas das orações e lembranças de sua família ou da comunidade cristã” e impede que os falecidos “sejam esquecidos, ou que seus restos sejam mostrados como uma falta de respeito”, disse o escritório.

A Igreja Católica tem uma relação desconfortável com a cremação.

Durante séculos, proibiu a prática porque era conflitante com os ensinamentos sobre a ressurreição do corpo no Juízo Final no fim do mundo. A proibição foi retirada em 1963, mas a Igreja ainda não vê bem a prática.

A declaração de terça-feira (12), assinada pelo chefe doutrinário do Vaticano, o cardeal argentino Victor Manuel Fernandez e aprovada pelo Papa Francisco, foi uma resposta às perguntas feitas pelo chefe da Igreja Católica Italiana, o cardeal Matteo Zuppi.

O Vaticano também disse que as cinzas dos mortos podem ser misturadas em uma mesma urna, em vez de serem mantidas separadamente, desde que a identidade de cada falecido seja marcada “para não perder a memória de seus nomes.”

Fonte: CNN Brasil

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